tag:blogger.com,1999:blog-28639844495868391132024-02-07T00:18:04.619-03:00Veritas IpsaJesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida (Jo 14,6). O próprio Jesus conferiu sua autoridade à Igreja (Lc 10,16) para ensinar a mesma verdade ao mundo (Mt 18-20), de modo que a Igreja, edificada sobre Pedro e sua fé (Mt 16,18), é a coluna e o fundamento da verdade (1Tm 3,15).CARLOS MARTINS NABETOhttp://www.blogger.com/profile/14902439161422262013noreply@blogger.comBlogger26125tag:blogger.com,1999:blog-2863984449586839113.post-30677984423880362872011-12-27T15:23:00.000-02:002011-12-27T10:25:56.290-02:00PEDRO CRUCIFICADO DE CABEÇA PARA BAIXO<div style="text-align: justify;">
<b>A ACUSAÇÃO COMUM:</b><br />
<br />
É completamente infundada e absurda a Tradição católica que afirma que o Apóstolo Pedro foi crucificado de cabeça para baixo.<br />
<br />
<b>A VERDADE, CÁ:</b><br />
<br />
Antiquíssimos escritores eclesiásticos informam:<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4Kh4GQ3XJfZbQ5hImmgr44k-2fqgO9aPNYdQOQBSBJJVgaxFz5ohE8ezradOQCELBU1LNntti8ZQmEITUnPTqox4wz-wPnt6N13RLjaXdtkdOXjBGe0HS32icKL9hpONHsag3g6XsQNI/s1600-h/pedro.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5283039732903980514" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4Kh4GQ3XJfZbQ5hImmgr44k-2fqgO9aPNYdQOQBSBJJVgaxFz5ohE8ezradOQCELBU1LNntti8ZQmEITUnPTqox4wz-wPnt6N13RLjaXdtkdOXjBGe0HS32icKL9hpONHsag3g6XsQNI/s200/pedro.jpg" style="cursor: pointer; float: right; height: 200px; margin: 0pt 0pt 10px 10px; width: 152px;" /></a><br />
<br />
"Pedro, ao ser martirizado em Roma, pediu e obteve fosse <b>crucificado de cabeça para baixo</b>" <i>(Orígenes [+séc.III], Com. in Genes. 3)</i>.<br />
<br />
"Pedro, finalmente tendo ido para Roma, lá foi <b>crucificado de cabeça para baixo</b>" <i>(Eusébio de Cesaréia [+séc.IV], História Eclesiástica 3,1)</i>.<br />
<br />
<b>AS SEMENTES DA VERDADE, LÁ:</b><br />
<br />
Diversas comunidades protestantes reconhecem que Pedro foi de fato crucificado de cabeça para baixo, como se verifica nas seguintes fotos:<br />
<br /></div>
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiB3NORjerUk2VOvXQJSpWH_CjAnnRojR3KVsVFBDwzInsMyJuKgHtMX2eJ32cXsVykzeZfdnhk2N3vRVnq1gBY8hDW_-nkaEIPE5dOPYYsiy_N4wmMgaPYr_tdfyCKAFXRw1ClTcERAk/s1600-h/cruzinv1.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5187814200362612210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiB3NORjerUk2VOvXQJSpWH_CjAnnRojR3KVsVFBDwzInsMyJuKgHtMX2eJ32cXsVykzeZfdnhk2N3vRVnq1gBY8hDW_-nkaEIPE5dOPYYsiy_N4wmMgaPYr_tdfyCKAFXRw1ClTcERAk/s400/cruzinv1.jpg" style="cursor: pointer; display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center;" /></a><br />
Chaves entregues a Pedro, em forma de cruz invertida - Igreja Episcopaliana de São Pedro de Charlotte, Nova Carolina, EUA (http://www.st-petersweb.org/)<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioce7veFv1CToPB_6UW8RmjPTgVGRPDUR68ZCaSWYIhYYQjmIrKCcMdzqJ3be3XPnUq6_2V74N4VL88h2A-esNILnhHVgdpOsUoF46Iz63QIqNB_Ys-uNirRTCfJAjqdmhv2B_w59yNxI/s1600-h/cruzinv2.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5187814419405944322" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioce7veFv1CToPB_6UW8RmjPTgVGRPDUR68ZCaSWYIhYYQjmIrKCcMdzqJ3be3XPnUq6_2V74N4VL88h2A-esNILnhHVgdpOsUoF46Iz63QIqNB_Ys-uNirRTCfJAjqdmhv2B_w59yNxI/s400/cruzinv2.jpg" style="cursor: pointer; display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center;" /></a><br />
Vitral contendo os símbolos ligados a Pedro: as chaves, o galo e a cruz invertida - Igreja Luterana de Cristo, Las Vegas, EUA (http://www.christlutheranlasvegas.org/)<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEbsoNv__kUsUe62OJ53gQopHPzOUysVThwoK2DfjHwB6Xluq1g2vaQI5aZS2n3IdddNGrxq_zaCu-3hjS9-Op5w2T7SNjVvb08rYPutXoI_6k7cZnRcuK32aqXsPssdHj_zesyPsKmQU/s1600-h/cruzinv3.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5187814548254963218" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEbsoNv__kUsUe62OJ53gQopHPzOUysVThwoK2DfjHwB6Xluq1g2vaQI5aZS2n3IdddNGrxq_zaCu-3hjS9-Op5w2T7SNjVvb08rYPutXoI_6k7cZnRcuK32aqXsPssdHj_zesyPsKmQU/s400/cruzinv3.jpg" style="cursor: pointer; display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center;" /></a><br />
Vitral apresentando Pedro segurando as chaves do Reino; sobre sua cabeça, o galo; sob seus pés, a cruz invertida - Catedral Presbiteriana da Trindade, Sacramento, Califórna, EUA (http://www.trinitycathedral.org/)<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZsI78RG1HH2G-4cFNuqzLujICw6v1TwN8OoY6olCiX0Hn89gnpQ1NVmNWiPRxDWFz3cSwWeiCScQycec7ph0xJQ6bUT02uj5olDVYi-zHh1lHHilTbneCWf49cbMTIIyuFlxmR3e-KlM/s1600-h/cruzinv4.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5187814681398949410" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZsI78RG1HH2G-4cFNuqzLujICw6v1TwN8OoY6olCiX0Hn89gnpQ1NVmNWiPRxDWFz3cSwWeiCScQycec7ph0xJQ6bUT02uj5olDVYi-zHh1lHHilTbneCWf49cbMTIIyuFlxmR3e-KlM/s400/cruzinv4.jpg" style="cursor: pointer; display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center;" /></a><br />
Ornamento sacro apresentando a cruz invertida de São Pedro - Igreja Anglicana de São Pedro ad Vincula, Stoke on Trent, Inglaterra (http://www.thepotteries.org/church/stoke/st_peters.htm)<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3igqXCGTYrt_-_3wBu4nvY4e-9NjRuBLn3d8ULzUoeKIdDjDwgNWayvVt1v2eWgk04No8WfgKwuwYIfEyrT-K6Rs6XzLb7LKCtnozDxEq6R101sHg0Hl-8Ojq08P0DZt_IoNUA_nNvPA/s1600-h/cruzinv5.gif"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5187814823132870194" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3igqXCGTYrt_-_3wBu4nvY4e-9NjRuBLn3d8ULzUoeKIdDjDwgNWayvVt1v2eWgk04No8WfgKwuwYIfEyrT-K6Rs6XzLb7LKCtnozDxEq6R101sHg0Hl-8Ojq08P0DZt_IoNUA_nNvPA/s400/cruzinv5.gif" style="cursor: pointer; display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center;" /></a><br />
Vitral apresentando as chaves do Reino entre uma cruz invertida - Igreja Cristã dos Discípulos de Cristo, Cleveland Hights, Cheektowaga, Nova Iorque, EUA (http://www.welgoss.com/chcc/secondaryindex.html)<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghJXJkw74PFca8sDanOU3kp6CUy7rrWq8X7SWhE8QB9PXQLEQHA2cl1cmMD4Sp5DKC0yNC01blMPcuH85biCJ0EKBkvRLvfhWUF8a1gvrRBrt_lZNXH9eCsrfjzHAqZdYc0kFCSMxIFC0/s1600-h/cruzinv6.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5187814956276856386" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghJXJkw74PFca8sDanOU3kp6CUy7rrWq8X7SWhE8QB9PXQLEQHA2cl1cmMD4Sp5DKC0yNC01blMPcuH85biCJ0EKBkvRLvfhWUF8a1gvrRBrt_lZNXH9eCsrfjzHAqZdYc0kFCSMxIFC0/s400/cruzinv6.jpg" style="cursor: pointer; display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center;" /></a><br />
Pedro, no extremo esquerdo do vitral, tem sobre a sua cabeça o símbolo das chaves e uma cruz invertida - Igreja Batista de Broadway, Fort Worth, Texas, EUA (http://www.broadwaybc.org/worship/windows/commission.html)<br />
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br />
<ul>
<li><i>Para conhecer outras imagens da cruz invertida em templos protestantes e a história completa desta autêntica Tradição da Igreja, acesse o artigo <a href="http://www.apologetica.org/cruz-invertida.htm" target="_blank">"El Papa Juan Pablo II y su sillón... ¿satánico?"</a>, clicando <a href="http://www.apologetica.org/cruz-invertida.htm">AQUI</a>.</i></li>
</ul>
Além dessas imagens protestantes, há também protestantes que sustentam o mesmo com palavras. Por exemplo:<br />
<br />
<ul>
<li><i>"O Novo Testamento não nos diz o que ocorreu com a maioria dos Apóstolos. Atos nos conta sobre a morte de Tiago, o irmão de João. Contudo, o próprio livro dos Atos nos deixa em suspenso ao terminar, dizendo-nos que Paulo pregava livremente em Roma. O que ocorreu então com Paulo e também com os demais Apóstolos? Desde tempos muito antigos surgiram tradições que afirmavam que tal ou qual Apóstolo havia estado em tal ou qual lugar, ou que havia sofrido o martírio de uma forma ou de outra. Muitas dessas tradições são induvidavelmente resultantes do desejo por parte de cada igreja em cada cidade poder afirmar sua origem apostólica; porém, outras são mais dignas de crédito e merecem ao menos que as conheçamos. De todas essas tradições, provavelmente a que é mais difícil de duvidar é a que afirma que Pedro esteve em Roma e que sofreu o martírio nessa cidade durante a perseguição de Nero</i>. <i>Este fato encontra testemunhos em vários escritores cristãos datados desde o fim do século I e de todo o século II e, portanto, deve ser aceito como historicamente correto. Ademais, tudo parece indicar que a 'Babilônia' a que se refere 1Pedro 5,13 seja Roma: 'A igreja que está na Babilônia, eleita juntamente conosco, e Marcos, meu filho, vos saúdam'. Por outro lado, a mesma tradição que afirma que Pedro morreu crucificado - alguns autores afirmam que de cabeça para baixo - encontra ecos em João 21,18-19, onde Jesus diz a Pedro: 'Quando eras mais jovem, te cingias e ias aonde querias; mas quando fores velho, estenderás tuas mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres ir'. E o Evangelista acrescenta como comentário: 'Isto disse dando a entender com que tipo de morte haveria de glorificar a Deus'" </i>(GONZÁLEZ, Justo L..<i> </i>"Historia del Cristianismo", Tomo 1. Miami: Editoria Unilit, 1994, Capítulo 4, Seção 3).<i> </i> </li>
</ul>
</div>CARLOS MARTINS NABETOhttp://www.blogger.com/profile/14902439161422262013noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2863984449586839113.post-11067190798719651382011-01-09T08:10:00.004-02:002011-01-09T08:44:54.634-02:00CARACTERÍSTICAS DAS HERESIAS<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAQT-qf9-zvdmvFkCUpu6OSX6atDJx614MzxdIZCyEZrNOxY8EGB0duaD5DfZNzGll3m2yVUhHFDzBx7BeZaV1_gRwjpMjtKv6rD7zo4XkgaYTPytsoVAQigREuZhgHtTLYSfNyG-EgNk/s1600/marciao.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAQT-qf9-zvdmvFkCUpu6OSX6atDJx614MzxdIZCyEZrNOxY8EGB0duaD5DfZNzGll3m2yVUhHFDzBx7BeZaV1_gRwjpMjtKv6rD7zo4XkgaYTPytsoVAQigREuZhgHtTLYSfNyG-EgNk/s320/marciao.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5560135330149733666" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;">No ano 144 d.C., durante um dos momentos mais difíceis da História da Igreja Católica, surgiu a heresia Marcionita que logo se estenderia principalmente pelo Império Bizantino e sobreviveria pelos próximos três séculos, até ser absorvida pelo Maniqueísmo e desaparecer. É possível que seu fundador, Marcião, fosse filho de um dos primeiros bispos de Sinope, uma diocese da Ásia Menor, de onde Marcião era originário. Há quem suponha (baseando-se na conhecida habilidade de Marcião para citar as Escrituras) que ele fosse um bispo renegado pela Igreja. Qualquer que fosse o caso, o certo é que Marcião deu origem a uma das mais persistentes heresias de seu tempo e, para isso, fez uso, pela primeira vez, de certas armas que todos os cristãos dissidentes empregariam no futuro até os nossos dias.<br /><br />O gênio divisionista de Marcião criou uma nova doutrina pseudocristã, modificando a História Sagrada e publicando um cânon próprio das Escrituras. Isto que hoje nos parece tão familiar - depois de tantos séculos de Bíblias cerceadas, lendas negras e traduções deturpadas da Escritura - era então uma assombrosa novidade que cativou a muitos. Marcião sustentava, como muitos vieram a fazer desde então, que o Deus do Antigo Testamento era vingativo e colérico, que não podia corresponder à mansa e amorosa pessoa de Jesus. A partir de então, desenvolveu uma doutrina dualista que sustentava a existência de duas divindades, uma má (a do Antigo Testamento) e outra boa (a do Novo Testamento).<br /><br />Ao iniciar uma nova igreja, sempre se tropeça com este problema: o que fazer com a Igreja Católica? Marcião não podia destruir a Igreja de Cristo, porém, podia desqualificá-la. Para isso, teve uma idéia que para nós parece bem desgastada, mas que era muito original naquela época: usar as Escrituras para impugnar a veracidade da doutrina católica.<br /><br />O problema de usar essa estratégia é que as Escrituras do Antigo Testamento - inspiradas por um "deus mau", segundo Marcião - ofereciam amplo e suficiente testemunho da futura vinda de Jesus. Essa "pequena" inconsistência não foi grande problema para o líder herege, que declarou nulo todo o Antigo Testamento. Ao fazer isto, Marcião estabeleceu outro grande princípio, que quase todo movimento herético seguiria no futuro: eliminar as partes da Bíblia que não convenham à nova doutrina enquanto que, ao mesmo tempo, se exalta a Escritura (modificada) como a autoridade sobre a qual o novo grupo eclesial é fundado.<br /><br />Recordemos que Marcião apareceu no cenário cristã menos de cinco décadas depois de ter falecido o último Apóstolo de Cristo. A Igreja de então suportava frequentes perseguições, algumas locais e outras mais estendidas. Os Evangelhos e os demais escritos cristãos circulavam sem que houvesse um cânon definido e universal. A Bíblia da Igreja Católica desses anos era a versão dos LXX (ou Septuaginta Alexandrina), que consistia basicamente dos livros que hoje encontramos no Antigo Testamento da Bíblia Católica.<br /><br />As razões para a ausência de um cânon cristão eram várias, principalmente as constantes perseguições que tornavam impossível aos bispos se reunirem em sínodos gerais, os quais seriam muito perigosos por razões óbvias. Passariam-se quase três séculos até que se apagassem as perseguições imperiais e os bispos pudessem se reunir livremente para considerar quais escritos deveriam ser aprovados para sua inclusão no Novo Testamento. Uma das boas coisas que ocorreu por consequência da heresia marcionita foi justamente isto: a Igreja Católica tomou consciência da importância de possuir uma lista ordenada de escritos cristãos autorizados.<br /><br />Antes que a Igreja pudesse produzir tal lista, Marcião criou um "evangelho" de sua própria lavra. Nele declarava que o invisível, indescritível e benévolo Deus (aoratos akatanomastos agathos theos) teria se apresentado entre os judeus pregando no dia de sábado. O pseudo-evangelho de Marcião era uma versão modificada do Evangelho de Lucas, editado para apoiar as doutrinas dualistas do fundador da seita.<br /><br />A esta altura, encontramos no movimento marcionista as características que logo se repetem nas heresias surgidas posteriormente:<br /><br />1. A base da doutrina é um texto - a Escritura - e não o Depósito da Fé recebido por toda a comunidade, como na Igreja Católica.<br /><br />2. O texto da Escritura é alterado ou redigido para afirmar as doutrinas do novo grupo, criando assim uma nova e distinta tradição. O oposto ocorre na Igreja Católica, que preserva cuidadosamente e exalta o papel da Escritura dentro do contexto da Sagrada Tradição.<br /><br />3. Altera-se o contexto histórico ou até a própria História. Isto é feito com o duplo sentido de afirmar a própria doutrina e, ao mesmo tempo, impugnar a Igreja Católica, acusando-a de ser ela quem "conta a História à sua maneira". Curiosamente, estas acusações tão imaturas imprimiram na Igreja o costume de documentar o desenvolvimento da sua própria doutrina na História. Na Igreja Católica a História, as Escrituras e a Doutrina da Igreja devem estar obrigatoriamente de acordo, sempre sem deixar espaço para dúvidas. É por isso que sabemos com certeza que hoje cremos na mesma fé declarada por Cristo e pelos Apóstolos.<br /><br />Consequentemente, um dos testemunhos mais fortes que pode ser oferecido em favor do Catolicismo é a sua consistência e coerência durante vinte [e um] séculos de História. O mesmo não ocorreu com os marcionitas, que se dividiram em diversas seitas e, de uma espécie de puritanismo original, logo passaram para o Gnosticismo e, depois, para o Maniqueísmo, movimento que acabou absorvendo o Marcionismo por completo. Disto podemos deduzir uma quarta característica das heresias: sua instabilidade.<br /><br />4. A instabilidade doutrinária e sua consequência (as divisões sectárias), identificam todas as heresias. Seguindo o ditado de "quem com o ferro mata, pelo ferro morrerá", os criadores de divisões na Igreja logo recebem na própria carne o seu amargo remédio.<br /><br />Podemos afirmar, sem medo de errar, que todos os movimentos dissidentes do Cristianismo que se afastaram da Igreja Católica possuem estas quatro características em menor ou maior grau. Quando Cristo pregou a parábola da videira, disse assim:<br /><br /><span style="font-style: italic;">"Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado. Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem. Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor. Tenho-vos dito isto, para que o meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo. O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando" (João 15,1-14).</span><br /><br />É inegável a importância destas palavras de Cristo. A Igreja deve operar em união com Cristo e em unidade interna. É a única maneira de produzir "fruto", isto é, a salvação das almas. Quem espera agir fora desta ordem que Cristo estabeleceu deixa de permanecer em Seu amor. Para permanecer no amor de Cristo, entende-se que devemos guardar os Seus mandamentos. Nesta simples parábola, Cristo resumiu as qualidades da Igreja que deverá durar até o fim do mundo. Todas elas provêm do amor cristão:<br /><br />- A primeira qualidade é a humildade. Cristo é a videira, a plenitude da fé e o todo da Igreja, enquanto que seus discípulos são os ramos que se nutrem Dele. Não existe outra ordem pela qual algum dos ramos possa dar origem a outra videira distinta.<br /><br />- A segunda qualidade é a obediência. Somos amigos de Cristo se fizermos o que Ele nos diz. Não há outra opção se O amamos.<br /><br />- A terceira qualidade é consequência das outras duas: a união. A indivisibilidade da planta produz fruto que dá glória a Deus em Cristo. Essa união é o resultado visível do amor que começa em Cristo e se multiplica nos discípulos.<br /><br />Como não ocorre - nem nunca ocorrerá - entre aqueles que se separam da Igreja Católica, estas três qualidades distintas produzem o milagre da duração da Igreja na História, que é por si mesma um poderoso testemunho da verdade do Evangelho. Quando Cristo nos adverte que sem Ele não podemos fazer nada, também agrega que nossa relação com Ele só pode ser frutífera. Sem Cristo, os ramos morrem sem dar fruto; com Cristo, a Igreja continua no mundo e na História, dando testemunho do Seu amor em perfeita união. Este é o fruto cristão por excelência!<br /><br />Tendo comparado as qualidades próprias das heresias e da Igreja, não nos surpreende que as Palavras de Cristo se cumpram na História. Apenas a Igreja fundada por Cristo sobrevive dando testemunho ao longo dos séculos e ao mundo inteiro com a doutrina integral recebida de Cristo. Não importa quão numerosos sejam os membros de uma seita; sabemos que passarão enquanto que a Igreja continuará sua missão até que Jesus retorne. Os poderes malignos continuarão criando divisões, pois isto é da sua natureza; mesmo assim, não prevalecerão contra toda a Igreja (Mateus 16,13-20).<br /><br />A Igreja já viu passar centenas de seitas, movimentos dissidentes, heresias crassas e toda espécie de inimigos. O testemunho da História é apenas um: a Igreja SEMPRE permanece e seus inimigos SEMPRE passam, pouco importando quão forte ou astuto tenham sido seus adversários. Aquele que a sustenta nunca dorme e Seu braço protetor jamais descansa!<br /></div><br /><div style="text-align: center;">Autor: <span style="font-weight: bold;">Marcus Grodi</span><br />Fonte: <span style="font-weight: bold;">http://www.prodigos.org</span><br />Tradução: <span style="font-weight: bold;">Carlos Martins Nabeto</span><br /></div>CARLOS MARTINS NABETOhttp://www.blogger.com/profile/14902439161422262013noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2863984449586839113.post-82328885324313636322011-01-08T09:50:00.006-02:002011-01-08T09:59:45.176-02:00O QUE DISSE O PAPA SOBRE OS PRESERVATIVOS?O novo livro de Bento XVI, "Luz do Mundo: o Papa, a Igreja e os Sinais dos Tempos", nem sequer tinha sido publicado e já estava no centro de uma controvérsia nos meios de comunicação on-line.<br /><div style="text-align: justify;"><br />A polêmica explodiu na semana passada, quando o L'Osservatore Romano violou unilateralmente o embargo sobre o livro, publicando alguns extratos em língua italiana das diversas declarações do Papa, para grande desgosto dos editores em todo o mundo, que trabalhavam cuidadosamente visando um lançamento orquestrado do livro, que se daria na terça-feira seguinte.<br /><br />Um dos extratos tratava do uso de preservativos para tentar evitar a propagação da AIDS e a imprensa imediatamente tirou proveito disto (p.ex.: Reuters, Associated Press, BBC Online). E assim, surgiram manchetes como:<br /><br />- Papa diz que os preservativos são admissíveis em certos casos para deter a AIDS<br />- Papa: "Os preservativos justificam-se em alguns casos"<br />- Papa diz que os preservativos podem ser usados na luta contra a AIDS<br /><br />Particularmente notória é a declaração de William Crawley, da BBC:<br /><br /><span style="font-style: italic;">"O Papa Bento XVI parece ter alterado a postura oficial do Vaticano sobre o uso de preservativos, adotando uma posição moral que muitos teólogos católicos já recomendavam há muito tempo".</span><br /><br />Bah!<br /><br />Pois bem: em primeiro lugar, trata-se de um livro de entrevistas. O Papa foi entrevistado. Não estava exercendo seu múnus oficial de ensinar. Este livro não é uma encíclica, uma constituição apostólica, uma bula papal, nem nada semelhante. Não é uma publicação da Igreja. Trata-se de uma entrevista realizada por um jornalista, em idioma alemão. Consequentemente, o livro não representa um ato do Magistério da Igreja, nem tem a capacidade de "alterar a postura oficial do Vaticano" em nada. Não possui força dogmática nem canônica. O livro - que é fascinante e sem precedentes, mas isto é tema para outra oportunidade - constitui aquilo que se classifica como opiniões pessoais do Papa sobre as perguntas questionadas pelo entrevistador Peter Seewald.<br /><br />E como o Papa Bento XVI observa no livro:<br /><br /><span style="font-style: italic;">"Há que se dizer que o Papa pode ter opiniões privadas que se encontram equivocadas".</span><br /><br />Não estou assinalando isto para insinuar que naquilo que o Papa Bento XVI fala a respeito dos preservativos está incorreto - chegaremos a este ponto ao seu tempo - mas para indicar o contexto da situação, deixando claro que se trata das opiniões privadas do Papa. São apenas isto: opiniões privadas. Não é ensino oficial da Igreja. Então, continuemos...<br /><br />Entre os desserviços do L'Osservatore Romano feitos para romper o embargo do livro da maneira que fez, houve também o fato de que apenas publicou um pequeno trecho da seção em que o Papa discutia sobre o uso dos preservativos. Como resultado, o leitor não tinha como ver o contexto das suas declarações e, assim, garantir que a imprensa secular não estava tomando as observações do Papa fora do seu contexto (o que seria feito de qualquer modo, mas talvez nem tanto). Especialmente notório é o fato de que o L'Osservatore Romano omitiu o material onde Bento esclarece sua declaração sobre os preservativos, em uma pergunta logo a seguir.<br /><br />Com efeito, o L'Osservatore Romano causou um grande dano tanto às comunidades católicas quanto às não-católicas.<br /><br />Felizmente, agora você pode ler o texto completo das declarações do Papa.<br /><br />Ademais, prevendo a controvérsia que estas palavras poderiam produzir, a drª. Janet Smith preparou um guia útil sobre o que o Papa disse e não disse.<br /><br />Lancemos vista aos comentários do Papa, para ver o que ele realmente disse.<br /><br /><span style="font-style: italic;">"<span style="font-weight: bold;">Seewald:</span> (...) Na África, se apontou que o ensino tradicional da Igreja demonstrou ser a única maneira segura de se deter a propagação do HIV. Os críticos, incluindo a crítica dentro das próprias fileiras da Igreja, objetam que é uma loucura proibir a população de alto risco de usar preservativos.</span> <span style="font-style: italic;"><span style="font-weight: bold;">Bento XVI:</span> (...) Em minha intervenção, eu não estava fazendo uma declaração geral sobre o tema do preservativo, mas apenas dizendo - e isto é o que causou grande ofensa -, que não podemos resolver o problema mediante a distribuição de preservativos. Resta muito o que fazer. Devemos estar próximos das pessoas; devemos guiá-los e ajudá-los; e temos que fazer isto antes e depois do contágio com a doença. É um fato, como você já sabe, que as pessas podem obter preservativos quando o desejarem, de qualquer modo. Porém, isto serve apenas para demonstrar que os preservativos por si próprios não resolvem o problema em si mesmo. Muito mais precisa ser feito. Enquanto isso, no âmbito secular, desenvolveu-se a teoria chamada 'ABC' - abstinência, fidelidade, preservativo -, em que se entende o preservativo somente como um último recurso, quando os outros dois pontos foram rejeitados. Isto quer dizer que concentrar-se no preservativo implica em uma banalização da sexualidade, e, além de tudo, é precisamente a origem perigosa da atitude da sexualidade, não como a expressão do amor, mas como uma espécie de entorpecente que as pessoas administram a si mesmas. Esta é a razão pela qual a luta contra a banalização da sexualidade é parte também da luta para garantir que a sexualidade seja tratada como um valor positivo e para que possa ter um efeito positivo na totalidade de ser do homem".</span> Consideremos que o argumento geral do Papa é que os preservativos não resolvem o problema da AIDS. Em apoio disto, ele aponta vários argumentos:<br /><br />1) As pessoas já podem obter preservativos, mas é evidente que o problema não foi resolvido.<br /><br />2) No mundo secular foi proposto o 'Programa ABC', em que o preservativo só será usado quando os dois primeiros procedimentos verdadeiramente eficazes - a abstinência e a fidelidade - tiverem sido rejeitados. Assim, a proposta secular do ABC reconhece inclusive que os preservativos não são a única solução. Eles não funcionam tão bem quanto a abstinência e a fidelidade. Os dois primeiros são melhores.<br /><br />3) Concentrar-se no uso do preservativo representa uma banalização (trivialização) da sexualidade, que se converte de ato de amor em ato de egoísmo. Para que o sexo desempenhe o papel positivo que deve ter, esta banalização do sexo - e, portanto, a fixação nos preservativos - deve ser resistida.<br /><br />Esse é o contexto da afirmação que a imprensa reproduziu:<br /><br /><span style="font-style: italic;">"Pode haver casos individuais justificados como, por exemplo, quanto um prostituto usa um preservativo, e isto pode ser um primeiro passo para uma moralização, um primeiro ato de responsabilidade para desenvolver novamente a consciência de que nem tudo é permitido e que não se pode fazer tudo o que se quer. Porém, não é realmente a maneira de tratar com o mal da infecção pelo HIV, o que realmente pode apenas vir de uma humanização da sexualidade".</span><br />Há várias coisas a se considerar: em primeiro lugar, leve em conta que o Papa diz que: "Pode haver casos individuais justificados", e não que: "Está justificado". Esta é uma linguagem especulativa. Mas sobre o quê o Papa especula? Que o uso do preservativo está moralmente justificado? Não, não foi isso o que ele disse, mas que pode haver casos "sempre e quando [o uso do preservativo] pode ser um primeiro passo para uma moralização, um primeiro ato de responsabilidade para desenvolver novamente a consciência de que nem tudo é permitido".<br /><br />Em outras palavras, como diz Janet Smith:<br /><br /><span style="font-style: italic;">"O Santo Padre está simplesmente observando que para alguns prostitutos homossexuais o uso de um preservativo pode indicar um despertar do sentido moral, um despertar acerca de que o prazer sexual não é o valor máximo, mas que devemos ter o cuidado de não prejudicar ninguém em nossas escolhas. Ele não está falando de uma moralidade do uso de preservativos, mas de algo que pode ser certo sobre o estado psicológico daqueles que os usam. Se estas pessoas, usando preservativos, o fazem com o fim de evitar prejudicar outras, com o passar do tempo perceberão que os atos sexuais entre membros do mesmo sexo são intrinsecamente maus, já que não estão de acordo com a natureza humana".</span><br />Pelo menos isto é o máximo que se pode razoavemente inferir das declarações do Papa, o que poderia ser expresso com maior clareza (e espero que o Vaticano emita um esclarecimento urgente).<br /><br />Em segundo lugar, repare que o Papa segue imediatamente sua declaração acerca da prostituição homossexual usuária de preservativos com a afirmação: <span style="font-style: italic;">"Porém, não é realmente a maneira de se tratar com o mal da infecção pelo HIV, o que realmente pode apenas vir de uma humanização da sexualidade".</span><br /><br />Por "uma humanização da sexualidade", o Papa quer reconhecer a verdade sobre a sexualidade humana, que deve ser exercida de maneira amorosa, fiel entre um homem e uma mulher unidos em matrimônio. Esta é a verdadeira solução e não colocar um preservativo e manter relações sexuais promíscuas com pessoas infectadas com um vírus mortal.<br /><br />Neste momento da entrevista, Seewald faz uma pergunta de continuidade, e é verdadeiramente um crime que o L'Osservatore Romana não tenha reproduzido esta parte:<br /><br /><span style="font-style: italic;">"<span style="font-weight: bold;">Seewald:</span> Quer dizer, então, que a Igreja Católica, na realidade, não se opõe em princípio ao uso dos preservativos?</span> <span style="font-style: italic;"><span style="font-weight: bold;">Bento XVI:</span> Ela, obviamente, não os considera como solução real ou moral, porém, neste ou em outro caso, pode haver, todavia, a intenção de reduzir o risco da infecção, como um primeiro passo para uma forma distinta e mais humana de viver a sexualidade".</span> Assim, Bento XVI reitera que esta não é uma solução real (prática) para a crise da AIDS, nem tampouco uma solução moral. No entanto, em alguns casos, o uso de preservativo mostra "a intenção de reduzir o risco da infecção", que é "um primeiro passo para... uma forma mais humana de viver a sexualidade".<br /><br />Portanto, não está dizendo que o uso de preservativos é justificado, mas que pode mostrar uma intenção particular e que esta intenção é um passo na direção correta.<br /><br />Janet Smith oferece uma analogia útil:<br /><br /><span style="font-style: italic;">"Se alguém fosse assaltar um banco e estava decidido em empregar uma arma de fogo, seria melhor para essa pessoa usar uma arma desmuniciada: reduzir-se-ia o risco de lesões mortais. Porém, não é tarefa da Igreja ensinar possíveis assaltantes de banco a assaltar bancos de uma maneira mais segura; menos ainda é tarefa da Igreja apoiar programas para oferecer a possíveis assaltantes de banco armas de fogo incapazes de ser municiadas. Não obstante, a intenção de um assaltante de banco em assaltar um banco de uma maneira que é mais segura para os funcionários e clientes do banco pode indicar um elemento de responsabilidade moral que poderia ser um passo para a compreensão final da imoralidade que é o assalto a bancos".</span> Muito mais se poderia dizer de tudo isto, mas pelo que vimos, já resta claro que as declarações do Papa devem ser lidas com cuidado e que não constituem o tipo de licença para o uso de preservativos que os meios de comunicação desejam.<br /><br />Há mais por vir...<br /><br /><div style="text-align: center;">Autor: <span style="font-weight: bold;">José Miguel Arráiz</span><br />Fonte: <span style="font-weight: bold;">http://infocatolica.com/blogspot/apologeticamundo</span><br />Tradução: <span style="font-weight: bold;">Carlos Martins Nabeto</span><br /></div></div>CARLOS MARTINS NABETOhttp://www.blogger.com/profile/14902439161422262013noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2863984449586839113.post-15720605105932093332011-01-08T08:57:00.005-02:002011-01-08T10:25:28.956-02:00A FALSA "TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO"<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVIAUuoN-5PzDQwnVPng_hTncj2SSozZSmsXpwSepgTmRssGTEt1FPK2JNYKmWkSjibdzsn5AOb2MkLEUOI2118R1NiDJihc3CfgIMUdOo4a5IdLVRiFoHZbOWrfX7QSTJXvYrZkFK_nY/s1600/tlmarx.png"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVIAUuoN-5PzDQwnVPng_hTncj2SSozZSmsXpwSepgTmRssGTEt1FPK2JNYKmWkSjibdzsn5AOb2MkLEUOI2118R1NiDJihc3CfgIMUdOo4a5IdLVRiFoHZbOWrfX7QSTJXvYrZkFK_nY/s320/tlmarx.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5559768963734741698" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;">A segunda metade do século XX, sobretudo nas suas últimas três décadas, assistiu a tentativas mais ou menos grosseiras de manipulação da figura de Jesus Cristo para apoiar modelos de vida, de sociedade e de ação política que pouco ou nada têm a ver com o Jesus da História e da Fé. Assim surgiu o Cristo cósmico ou esotérico da Nova Era, o Cristo "hippie" da geração de 1968 e o Cristo revolucionário da ala marxista da Teologia da Libertação.<br /><br />Nas últimas décadas, muitos dentro e fora da Igreja tentaram promover a ideologia política esquerdista disfarçando-a com roupagem cristã. Dessa maneira, a fé cristã é reduzida a um instrumento para a libertação das classes operárias. Aqueles que apóiam a ideia de uma sociedade cristã supostamente comunista usam frequentemente textos extraídos das Sagradas Escrituras que, isolados do seu contexto, parecem apoiar a ideia de uma sociedade cristã onde não existe propriedade privada e onde as riquezas materiais são intrinsecamente más. Estas ideias e outras que compõem a Teologia da Libertação passam por cima da mensagem completa do Evangelho, reduzindo-o e privando-o de sua verdadeira mensagem libertadora.<br /><br />A Doutrina Social da Igreja exorta à caridade para com aqueles menos afortunados e à uma justa distribuição das riquezas na socidade cristã. A Igreja vai além da mera exortação e pratica a caridade através de todos os meios ao seu alcance, o que pode ser facilmente comprovado pela cuidadosa observação da atividade internacional dos inúmeros grupos caritativos católicos sustentados pela Igreja. Estas atividades caritativas surgem a partir do coração da Igreja e são uma manifestação do seu espírito agindo livremente como imitação de Cristo, o qual viveu o seu ministério rodeado dos mais necessitados dentro o povo do seu tempo. Ao analisarmos as partes da Escritura citadas com maior frequência pelos propagadores da Teologia da Libertação, percebemos que nenhuma delas exorta à partilha obrigatória das riquezas, nem ao emprego da violência, nem tampouco à luta de classes:<br /><br /><span style="font-style: italic;">"Nem havia entre eles nenhum necessitado, porque todos os que possuíam terras e casas vendiam-nas e traziam o preço do que tinham vendido e depositavam-no aos pés dos apóstolos. Repartia-se então a cada um deles conforme a sua necessidade" (Atos 4,34-35).</span><br /><br />Esta prática comunitária da Igreja da antiga Jerusalém é certamente louvável. É de se supor que o incipiente número de cristãos nesses anos tornasse possível o justo partilhamento dos recursos do grupo. Sabemos também que aqueles que compartilhavam os seus bens o faziam de maneira voluntária. Em nenhum lugar encontramos a Bíblia aprovar o confisco da propriedade privada. Na Igreja primitiva, toda pessoa que ajudava os pobres o fazia livremente. Ninguém tomava as posses dos outros para entregá-las aos pobres. Fazer tal coisa seria visto como roubo, uma violação ao livre-arbítrio do indivíduo.<br /><br /><span style="font-style: italic;">"Um certo homem chamado Ananias, de comum acordo com sua mulher Safira, vendeu um campo e, combinando com ela, reteve uma parte da quantia da venda. Levando apenas a outra parte, depositou-a aos pés dos apóstolos. Pedro, porém, disse: 'Ananias, por que tomou conta Satanás do teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e enganasses acerca do valor do campo? Acaso não o podias conservar sem vendê-lo? E depois de vendido, não podias livremente dispor dessa quantia? Por que imaginaste isso em teu coração? Não foi aos homens que mentiste, mas a Deus'. Ao ouvir estas palavras, Ananias caiu morto. Apoderou-se grande terror de todos os que o ouviram. Uns moços retiraram-no dali, levaram-no para fora e o enterraram. Depois de umas três horas, entrou também sua mulher, nada sabendo do ocorrido. Pedro perguntou-lhe: 'Dize-me, mulher. Foi por tanto que vendestes o vosso campo?' Respondeu ela: 'Sim, por esse preço'. Replicou Pedro: 'Por que combinastes para pôr à prova o Espírito do Senhor? Estão ali à porta os pés daqueles que sepultaram teu marido. Hão de levar-te também a ti'. Imediatamente caiu aos seus pés e expirou. Entrando aqueles moços, acharam-na morta. Levaram-na para fora e a enterraram junto do seu marido" (Atos 5,1-10).</span><br />Um bom exemplo é o caso de Ananias e Safira, dois cristãos dessa época que pretenderam enganar o Apóstolo São Pedro retendo parte do dinheiro que haviam obtido com a venda de um campo. Observe-se que São Pedro os condena por mentir e por fazerem crer à Igreja que estavam entregando tudo, quando na verdade reservaram para si uma parte [do dinheiro]. O Apóstolo recorda-lhes que tinham a liberdade de reter para si o campo, o dinheiro da venda ou uma parte da sua totalidade, já que tinham todo o direito de fazer o que bem quisessem com a sua propriedade. No entanto, Ananias e Safira pretendiam que a comunidade os considerasse por bastante abnegados e generosos, buscando de fato a vã e passageira admiração dos homens e não o favor de Deus. Por suas ações, demonstraram não crer na presença do Espírito Santo na Igreja e foram condenados de maneira fulminante.<br /><br /><span style="font-style: italic;">"Jesus fixou nele o olhar, amou-o e disse-lhe: 'Uma só coisa te falta; vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me'. Ele entristeceu-se com estas palavras e foi-se todo abatido, porque possuía muitos bens" (Marcos 10,21-22).</span><br />O jovem rico se aproxima de Cristo mas não consegue renunciar às suas riquezas. Cristo sempre falou da liberdade individual para escolher o bom caminho ou para se afastar do mesmo. Ele sabia que a coerção - inclusive por bons motivos aparentes - viola a verdadeira natureza da humanidade. Deus nos criou com livre-arbítrio. É um dom que Ele nunca retira. O homem rico errou ao valorizar os bens materiais, colocando-os acima da chamada de Cristo. Esperamos que, em algum momento posterior, este jovem tenha tomado consciência do seu erro e seguido ao Senhor. Porém, tirar-lhe à força as suas posses seria uma grave violação da sua vontade (inclusive da sua própria pessoa) e Cristo nunca o teria feito. Isso não implica, como bem afirma a Doutrina Social da Igreja, que os governos não possam regular a economia, basicamente através de impostos ou meios semelhantes, para assegurar a assistência aos mais necessitados. Deus valoriza tanto o nosso livre-arbítrio que realmente esconde de nós o Seu Rosto neste mundo. Se tivéssemos uma percepção direta de Deus, deixaríamos de ser indivíduos livres e nos converteríamos em meros aduladores temerosos, intimidados pela presença onipotente do Todo-Poderoso.<br /><br /><span style="font-style: italic;">"Deram ali uma ceia em sua honra. Marta servia e Lázaro era um dos convivas. Tomando Maria uma libra de bálsamo de nardo puro, de grande preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa encheu-se do perfume do bálsamo. Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de trair, disse: 'Por que não se vendeu este bálsamo por trezentos denários e não se deu aos pobres?' Dizia isso não porque ele se interessasse pelos pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, furtava o que nela lançavam. Jesus disse: 'Deixai-a; ela guardou este perfume para o dia da minha sepultura. Pois sempre tereis convosco os pobres, mas a mim nem sempre me tereis'" (João 12,2-8). </span><br />Aqui vemos como Judas hipocritamente condena o presente que a pecadora confere a Jesus como gesto de arrependimento. Aqui São João nos adverte que o motivo real de Judas não era o amor pelos pobres mas a avareza. Do mesmo modo, muitos "revolucionários" da História recente têm usado as necessidades das pessoas como desculpa para alcançar o poder civil e, logo depois, esquecer completamente os pobres e os operários. Sabe-se muito bem que nos governos comunistas de Cuba, da União Soviética, dos países do Oriente Europeu e Coréia do Norte os pobres e os operários formam uma classe aparte e de nível mais baixo, que não desfruta da mesma qualidade de vida e liberdade de locomoção que os membros das burocracias governantes.<br /><br />As únicas ocasiões em que a Bíblia apresenta pessoas privadas - justamente! - das suas posses é quando elas transgrediram alguma lei (Neemias 5,13; 2Crônicas 21,14; Esdras 10,8). Os regimes de força esquerdistas, ao contrário, parecem mostrar-se impacientes para violar a liberdade individual. Consideram virtuoso usar a força para arrebatar a propriedade privada e - supostamente - dá-la aos que possuem menos. No entanto, cabe perguntar: existe alguma virtude ou mérito em fazer aquilo que somos obrigados a fazer?<br /><br />Jesus nunca foi comunista e muito menos guerrilheiro. Defendeu o amor ao próximo e a livre doação de bens particulares aos que passam por necessidade, como de fato a Igreja continua ensinando. Cristo não tomou à força a propriedade de ninguém, nem instituiu impostos, nem confiscou barcos de pesca ou granjas, mesmo ao aceitar a legitimidade dos impostos quando disse: "Dai a César o que é de César".<br /><br />Vale a pena reforçar que a Igreja Católica está profundamente comprometida em ajudar os pobres. Muitos de seus homens e mulheres são exemplos de santidade pelo serviço que prestaram aos necessitados, como, por exemplo, São Vicente de Paulo, Pierre Toussaint, São Martinho de Porres e Madre Teresa de Calcutá. Escola, hospitais, orfanatos, missões e abrigos católicos para os pobres encontram-se espalhados por todo o globo.<br /><br />Atualmente, na África, onde a AIDS e os governos tirânicos têm provocado as mais severas e infelizes condições de vida sobre a terra, a Igreja Católica proporciona mais assistência social que qualquer outra instituição. E isto apesar de na África o número de muçulmanos superar o número de cristãos!<br /><br /><span style="font-style: italic;">"Meus irmãos, na vossa fé em nosso glorioso Senhor Jesus Cristo, guardai-vos de toda consideração de pessoas. Suponde que entre na vossa reunião um homem com anel de ouro e ricos trajes, e entre também um pobre com trajes gastos; se atenderdes ao que está magnificamente trajado, e lhe disserdes: 'Senta-te aqui, neste lugar de honra', e disserdes ao pobre: 'Fica ali de pé', ou: 'Senta-te aqui junto ao estrado dos meus pés', não é verdade que fazeis distinção entre vós, e que sois juízes de pensamentos iníquos? Ouvi, meus caríssimos irmãos: porventura não escolheu Deus os pobres deste mundo para que fossem ricos na fé e herdeiros do Reino prometido por Deus aos que o amam? Mas vós desprezastes o pobre! Não são porventura os ricos os que vos oprimem e vos arrastam aos tribunais? Não blasfemam eles o belo nome que trazeis? Se cumprirdes a lei régia da Escritura: 'Amarás o teu próximo como a ti mesmo', sem dúvida fazeis bem. Mas se vos deixais levar por distinção de pessoas, cometeis uma falta e sereis condenados pela lei como transgressores" (Tiago 2,1-9).</span> O Apóstolo Tiago nos recorda que o próprio Deus tem preferido os fiéis pobres para premiá-los com a glória do seu Reino e lhes outorgou as riquezas da verdadeira fé. Isto era evidente para Tiago, o qual era o bispo responsável pelo pastoreio dos fiéis da Palestina. Ali, as classes dominantes eram formadas principalmente por aqueles que não tinham crido em Cristo; e os membros das classes mais humildes, os que tinham sido premiados com a graça divina da fé. É por isso que Tiago lhes recorda - aos presbíteros e a toda comunidade - que a preferência por pessoas ricas e influentes está em clara oposição ao favor de Deus pelos pobres. Observe-se que Tiago não condena os ricos por sua condição econômica, mas condena as distinções porque constituem uma falta de amor ao próximo.<br /><br /><span style="font-style: italic;">"Falai, pois, de tal modo e de tal modo procedei, como se estivésseis para ser julgados pela lei da liberdade. Haverá juízo sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o julgamento. De que aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso esta fé poderá salvá-lo? Se a um irmão ou a uma irmã faltarem roupas e o alimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: 'Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, mas não lhes der o necessário para o corpo, de que lhes aproveitará?' Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma. Mas alguém dirá: 'Tu tens fé, e eu tenho obras. Mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras'" (Tiago 2,12-18). </span><br />Tiago não poderia ser mais claro: a fé e a caridade prática seguem unidas.<br /><br /><span style="font-style: italic;">"Vós, ricos, chorai e gemei por causa das desgraças que sobre vós virão. Vossas riquezas apodreceram e vossas roupas foram comidas pela traça. Vosso ouro e vossa prata enferrujaram-se e a sua ferrugem dará testemunho contra vós e devorará vossas carnes como fogo. Entesourastes nos últimos dias! Eis que o salário, que defraudastes aos trabalhadores que ceifavam os vossos campos, clama, e seus gritos de ceifadores chegaram aos ouvidos do Senhor dos exércitos. Tendes vivido em delícias e em dissoluções sobre a terra, e saciastes os vossos corações para o dia da matança! Condenastes e matastes o justo, e ele não vos resistiu" (Tiago 5,1-6).</span><br />Tiago nos revela também que as riquezas obtidas através da opressão, do crime e da injustiça não apenas se evaporam como também custarão a salvação àqueles que depositaram sua confiança nelas. Há alguns que utilizam esta passagem para condenar aqueles que obtêm suas riquezas trabalhando honestamente. Isto é um erro! O Apóstolo Tiago condena aqui o materialismo imoral que compartilham todos aqueles que empregam meios ilícitos para obter para si mesmos as riquezas deste mundo.<br /><br />Tanto o que explora imoralmente aqueles que dependem dele pelo trabalho, como ainda o privilegiado por uma ditadura que vive às custas dos operários são igualmente culpáveis à vista de Deus, independente da orientação política que ostentam.<br /><br />O burocrata que ascendeu a uma posição privilegiada com a desculpa de "servir aos operários" faz o mesmo que Judas Iscariotes: serve-se do tesouro da comunidade sob o pretexto de defendê-la. Os países nos quais o comunismo tomou o poder sempre produziram uma "nomenklatura", um grupo de privilegiados que vive uma vida melhor que o resto da população.<br /><br />A Igreja encontra-se radicalmente comprometida a favor da verdadeira justiça social: aquela que defende a dignidade, inclusive dos mais fracos entre nós - os pobres, os oprimidos, os não-nascidos e os idosos - e nos chama a cada um de nós a sermos protetores dos nossos irmãos. Entretanto, ela busca mudar o coração dos homens, não apenas a lista das suas propriedades, porque no dia em que o nosso mundo estiver habitado por mais e mais fiéis cristãos verdadeiros necessariamente será um mundo mais justo e humano.<br /><br />Como observação final: quem pode negar que a imensa maioria dos cem milhões de inocentes assassinados pelos regimes totalitários nos últimos 100 anos foram precisamente os mais pobres?<br /><br /><div style="text-align: center;">Autor: <span style="font-weight: bold;">Carlos Caso-Rosendi</span><br />Fonte: <span style="font-weight: bold;">http://voxfidei-apologetica.blogspot.com/</span><br />Tradução: <span style="font-weight: bold;">Carlos Martins Nabeto</span><br /></div></div>CARLOS MARTINS NABETOhttp://www.blogger.com/profile/14902439161422262013noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2863984449586839113.post-27540876018364354962010-12-26T12:31:00.004-02:002011-01-07T10:33:10.623-02:00A ALMA É IMORTAL?<div style="text-align: justify;"><span style="font-weight: bold;">INTRODUÇÃO</span><br /><br />A Igreja ensina que cada alma espiritual é criada diretamente por Deus - esta não é "produzida" pelos pais - e que é imortal: não perece quando, na morte, se separa do corpo e tornará a se unir ao corpo quando ocorrer a ressurreição final.<br /><br />Apesar da doutrina da imortalidade da alma estar claramente revelada nas Escrituras, existem seitas e denominações protestantes (testemunhas de Jeová, adventistas etc.) que, apegando-se a uma interpretação particular da Bíblia, não cansam de rejeitá-la obstinadamente. Eis aqui um resumo dos seus argumentos.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">QUAIS SÃO OS ARGUMENTOS DAS SEITAS QUE NEGAM A IMORTALIDADE DA ALMA?</span><br /><br />Um resumo dos argumentos empregados pelos testemunhas de Jeová para negar a imortalidade da alma extraí de sua revista "Despertai", de 22 de outubro de 1982:<br /><br /><span style="font-style: italic;">"Os testemunhas de Jeová (...) crêem que a alma humana é mortal, que os mortos não sentem nada em absoluto. Por que crêem nisto? (...) os escritores das Escrituras Hebraicas (Antigo Testamento) jamais - nem uma só vez - acrescentaram às palavras 'néphesh' (o termo hebraico para 'alma') ou 'rúahh' (o termo hebraico para 'espírito') a qualificação de 'imortal'. Ao contrário, ensinaram que alma humana morre: 'A alma que pecar, essa é a que morrerá' (Ezequiel 18:4.20, Versão Moderna; ver também Salmo 22:29; 78:50). Dizem que os mortos estão inconscientes: 'Porque os vivos sabem que morrerão, mas os mortos nada sabem e já não há salário para eles (...) Qualquer coisa que esteja ao teu alcance fazer, fazei-a conforme as tuas forças, porque não existirá obra, razão, ciência ou sabedoria no Sheol [o sepulcro comum da humanidade] para onde irás' (Eclesiastes 9:5.10, Bíblia de Jerusalém).</span> <span style="font-style: italic;">As Escrituras Gregas (Novo Testamento) oferecem o mesmo ponto de vista sobre a alma e a morte. Jesus disse que Deus 'pode destruir tanto a alma quanto o corpo', de forma que, se a alma pode ser destruída, não pode ser imortal (Mateus 10:28). Falando de Jesus, o apóstolo Pedro declarou: 'Qualquer alma que não escute esse profeta será totalmente destruída' (Atos 3:23). Jesus também mostrou que os mortos encontram-se inconscientes, pois comparou a morte a 'um sono que concede descanso' (João 11:11-14). Isto está em harmonia com o que qualquer pessoa pode facilmente discernir ao participar de um funeral, onde pode ver o corpo do falecido.</span> <span style="font-style: italic;">Segundo o relato da Criação registrado em Gênesis 2:7, Adão foi formado do pó da terra e 'o homem veio a ser alma vivente'. Portanto, a Bíblia usa a expressão 'sua alma' para se referir à 'própria pessoa'" (Despertai, 1982 - G82, 22/10, pp.25-27).</span> Partindo deste breve resumo, podemos separar seus argumentos para estudá-los um por um:<br /><br /><span style="font-weight: bold;">ARGUMENTO Nº 1: OS MORTOS NÃO TÊM CONSCIÊNCIA DE NADA</span><br /><br />"Porque os vivos sabem que morrerão, mas os mortos nada sabem e já não há salário para eles, pois foi perdida a sua memória. Tanto o seu amor quanto o seu ódio, como os seus zelos, há tempos pereceu e nunca tomarão parte em qualquer coisa que ocorra sob o sol" (Eclesiastes 9,5-6).<br /><br />Os testemunhas de Jeová interpretam literalmente e fora do contexto este texto bíblico para afirmar que a pessoa, quando morre, não possui consciência de nada; logo, não haveria uma alma imortal que sobrevivesse. Para eles, quando uma pessoa morre, deixa de existir e apenas "fica na memória de Jeová". Contudo, para entender por que os testemunhas de Jeová chegaram a esta conclusão, devemos compreender a sua forma de enxergar as Escrituras.<br /><br />Sua principal dificuldade encontra-se talvez em não compreender que a revelação divina foi progressiva. Não deveríamos ficar surpresos por não encontrar nenhuma referência à ressurreição em todo o Pentateuco (as primeiras menções à ressurreição encontramos em Isaías 26,19 e Daniel 12; inclusive, nos tempos de Jesus, os saduceus a rejeitavam) e muito menos em reconhecer que o motivo disso é que ela não havia sido revelada até então. A própria revelação do Messias como Deus e Filho de Deus não é igualmente clara no Antigo tal como temos no Novo Testamento. Muitos exemplos poderiam ser citados, mas certamente qualquer leitor cuidadoso poderá observar sem muita dificuldade este desenvolvimento da revelação à medida que avança a leitura das páginas da Bíblia, o que implica que houve momentos da História onde o conhecimento de certas verdades era parcial e limitado, aumentando à medida que avançava a transmissão da revelação ao Povo de Deus.<br /><br />O mesmo ocorre quanto a compreensão do Povo de Deus acerca de seu conhecimento sobre o além e, sobretudo, acerca da recompensa ou sanção aplicada a cada um. Assim, para o autor do Eclesiastes, bem como para os autores dos livros sagrados anteriores, não existe um conhecimento claro de recompensa ou castigo, a não ser quanto aos bens ou males da vida presente. Parece sim vislumbrar que Deus julgará as ações do justo e do ímpio (Eclesiástico 3,17; 11,9; 12,14) embora sem conhecer a natureza da recompensa.<br /><br />É simples, assim, compreender que não é que o Autor ponha em dúvida a imortalidade da alma e a retribuição futura, mas que as ignora e, por isso, compara a condição dos vivos com a dos mortos conforme suas concepções acerca do Sheol (lugar onde antes da ressurreição de Cristo descansavam as almas e no qual já não faziam parte do mundo dos vivos).<br /><br />Pode-se encontrar ao longo de todo o Livro textos que confirmam isso: "Quem sabe se o alento de vida dos humanos ascende ao alto e se o alento de vida da fera desce à terra?" (Eclesiastes 3,21). O próprio Autor reconhece aqui não saber o que acontece com o alento de vida dos seres humanos e se se diferencia do [alento de vida] dos animais.<br /><br />Em outra parte escreve: <span style="font-style: italic;">"Porque o homem e a fera possuem a mesma sorte: um morre como o outro e ambos possuem o mesmo alento de vida. O homem em nada leva vantagem sobre a fera..." (Eclesiastes 3,19)</span>, textos que permitem entender que o Autor fala apenas sobre o que sabe e o que tinha sido revelado até então. No entanto, os testemunhas de Jeová sustentam toda a sua doutrina em textos do Antigo Testamento - quando a Revelação estava ainda em pleno progresso - e se vêem obrigados a distorcer todos os textos claros do Novo Testamento que contradizem a sua teologia.<br /><br />O mais contraditório de sua teologia é que, ao interpretar Eclesiastes 9,5-6 como o fazem, deveriam concluir que tampouco existe recompensa futura, já que o texto afirma que para os mortos "já não há salário para eles", embora saibamos que "o Filho do Homem há de vir na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então pagará a cada um segundo a sua conduta" (Mateus 16,27).<br /><br /><span style="font-weight: bold;">ARGUMENTO Nº 2: A ALMA QUE PECAR MORRERÁ</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">"Minhas são todas as almas; tanto a do pai quanto a do filho, minhas são, e a alma que peca, essa perecerá" (Ezequiel 18,4).</span><br /><br />De alguma maneira, os testemunhas de Jeová optaram por interpretar que este texto se refere à aniquilação ou destruição da alma. Talvez a principal dificuldade aqui seja a sua falta de compreensão acerca do significado da palavra "morte" na Bíblia, a qual, em certos casos, faz referência à separação da alma do corpo (=morte física), mas em outros casos se refere à separação do homem de Deus em razão do pecado (=morte espiritual).<br /><br />Entre alguns textos onde a morte faz referência à morte física, em que se separam alma e corpo:<br /><br /><span style="font-style: italic;">- "E ao exalar a alma, pois estava doente, o chamou Ben-'oní; porém, seu pai o chamou Benjamin" (Gênesis 35,18).</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">- "Pois para mim a vida é Cristo e a morte um lucro. Porém, se o viver na carne significa para mim trabalho fecundo, não sei o que escolher... Sinto-me premiado dos dois lados: por um lado, desejo partir e estar com Cristo, o que, certamente, é muito melhor; mas, por outro lado, ficar na carne é mais necessário para vós" (Filipenses 1,21-24).</span><br /><br />No texto anterior, São Paulo está consciente de que ao morrer deixará o seu corpo para estar com Cristo; prefere, no entanto, permanecer na carne em razão da evangelização. O seguinte texto é ainda mais explícito:<br /><br /><span style="font-style: italic;">"Assim, pois, sempre cheios de bom ânimo, sabendo que, enquanto habitamos no corpo, vivemos afastados do Senhor, já que caminhamos na fé e não na visão (...) Estamos, pois, cheios de bom ânimo e preferimos deixar este corpo para viver com o Senhor. Por isso, quer em nosso corpo, quer fora dele, nos esforçamos por agradar-Lhe" (2Coríntios 5,6-9).</span><br /><br />Basta apenas este texto para desarmar toda a teologia dos testemunhas de Jeová e adventistas, já que fala explicitamente da possibilidade de se viver no corpo e fora dele, e que em ambos os estados nos esforçamos em agradar a Deus.<br /><br />Entre alguns textos onde a morte faz referência à separação do homem de Deus em razão do pecado, temos:<br /><br /><span style="font-style: italic;">- "E a vós que estáveis mortos em vossos delitos e pecados" (Efésios 2,1).</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">- "Estando mortos em razão de nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo - pela graça fostes salvos" (Efésios 2,5).</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">- "Pois tudo o que fica manifesto é luz; por isso se diz: 'Desperta tu que dormes e te levanta dentre os mortos, e Cristo te iluminará" (Efésios 5,14).</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">- "E a vós, que estáveis mortos em vossos delitos e em vossa carne incircuncisa, vos vivificou juntamente com Ele e nos perdoou a todos os nossos delitos" (Colossenses 2,13).</span><br /><br />É por isso que não é coerente interpretar Ezequiel 18,4 como uma aniquilação da existência da alma, mas, pelo contrário, o que realmente significa: um estado onde a alma fica afastada de Deus por toda a eternidade.<br /><br /><span style="font-style: italic;">- "Porque é próprio da justiça de Deus pagar com tribulação aqueles que vos atribulam; e a vós, os atribulados, com o descanso junto conosco, quando o Senhor Jesus se revelar a partir do céu com os seus poderosos anjos em meio a uma chama de fogo, e realizar vingança contra os que não conhecem a Deus e os que não obedecem ao Evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão a pena de uma ruína eterna, afastados da presença do Senhor e da glória do seu poder" (2Tessalonicenses 1,6-9).</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">- "Ali será pranto e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac, Jacó e todos os profetas no Reino de Deus, enquanto que vós estareis sendo lançados fora" (Lucas 13,28).</span><br /><br />Outra referência à morte da alma, não como uma aniquilação definitiva, mas como uma separação do homem de Deus, encontramos no Apocalipse, onde se fala da "segunda morte":<br /><br /><span style="font-style: italic;">- "Quem tiver ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: 'o vencedor não sofrerá o dano da segunda morte'" (Apocalipse 2,11).</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">- "Porém, os covardes, os incrédulos, os abomináveis, os assassinos, os impuros, os feiticeiros, os idólatras e todos os embusteiros terão a sua parte no lago que arde com fogo e enxofre, que é a segunda morte" (Apocalipse 21,8).</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">- "E o Diabo, seu sedutor, foi atirado no lago de fogo e enxofre, onde estão também a besta e o falso profeta; e serão atormentados dia e noite pelos séculos dos séculos" (Apocalipse 20,10).</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">- "E eu vos digo que virão muitos do oriente e do ocidente e se colocarão à mesa com Abraão, Isaac e Jacó no Reino dos Céus, enquanto que os filhos do mundo serão lançados às trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes" (Mateus 8,12).</span><br /><br />Ao lermos cuidadosamente estes textos, é possível perceber que a segunda morte (chama-se assim precisamente porque é a morte da alma) que os condenados sofrerão em conjunto com o Diabo, a besta e o falso profeta, implicará não apenas no afastamente de Deus por toda a eternidade (=pena de dano), mas ainda uma espécie de tormento eterno (=pena de sentido).<br /><br /><span style="font-style: italic;">"Muitos dos que dormem no pó da terra despertarão: uns para a vida eterna; outros, para o opróbio, para o horror eterno" (Daniel 12,2).</span><br /><br />Em absolutamente todos os textos que tratam do destino final dos condenados (Mateus 8,12; 13,42; 24,51; 25,30; Lucas 13,28), encontramos o mesmo: a morte da alma é um estado de separação definitivo de Deus, nunca se falando de uma destruição ou cessação da existência.<br /><br />Observação: Os testemunhas de Jeová afirmam que apenas os justos ressuscitarão. Embora este jeito de ver as coisas seja quase lógico - já que não teria muito sentido os injustos ressuscitarem para tornarem a ser destruídos - isto, porém, contradiz o que o profeta Daniel já havia profetizado no texto que acabamos de citar (v. Daniel 12,2).<br /><br /><span style="font-weight: bold;">ARGUMENTO Nº 3: JESUS DISSE QUE DEUS "PODE DESTRUIR TANTO A ALMA QUANTO O CORPO", DE MODO QUE, SE A ALMA PODE SER DESTRUÍDA, LOGO NÃO PODE SER IMORTAL (MATEUS 10:28)</span><br /><br />Aqui, o erro das testemunhas é novamente interpretar esta morte da alma como uma aniquilação. Seu argumento é que o texto grego emprega "άπόλλυμι" ("apólumi"), que traduzem e interpretam literalmente como "destruir". O "Dicionário de Grego Strong" nos oferece o seguinte significado:<br /><br /><span style="font-style: italic;">G622</span><br /><span style="font-style: italic;">apólumi</span><br /><span style="font-style: italic;">de G575 e a base de G3639: destruir completamente (reflexivamente perecer ou perder), literal ou figurativamente: destruir matar, morrer, perder, perdido, perecível, perecer.</span><br /><br />Não há razão nenhuma, portanto, para interpretar nesse texto a palavra "apólumi" como uma aniquilação ou destruição literal da alma. O contexto desse mesmo texto não apenas rejeita essa idécia como também serve para refutá-la:<br /><br /><span style="font-style: italic;">"E não temais aqueles que matam o corpo, porém não podem matar a alma; temei mais Aquele que pode levar a alma e o corpo à perdição na Gehena" (Mateus 10,28).</span><br /><br />Visto que os adventistas e os testemunhas de Jeová não crêem na imortalidade da alma, como algo poderia matar apenas o corpo e não matar a alma? Recorde-se que eles afirmam que não existe alma que sobreviva ao corpo e que, ao morrer o corpo, morre a alma. Porém, não é isso o que Jesus diz ali, mas justamente o contrário: há causas que podem matar o corpo sem matar a alma (um acidente ou qualquer coisa que pode causar a morte física, mas não a morte espiritual), de modo que a alma sobrevive ao corpo uma vez separada dele. Com efeito, o contexto de morte ou destruição da alma que é tratado ali não é uma aniquilação, mas um estado de morte espiritual definitiva.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">EVIDÊNCIAS BÍBLICAS EM FAVOR DA IMORTALIDADE DA ALMA</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Evidência nº 1: A Promessa feita ao Bom Ladrão</span><br /><br />Certamente todos nós recordamos o que ocorreu com o bom ladrão quando Jesus foi crucificado:<br /><br /><span style="font-style: italic;">"E um dos malfeitores que estavam pendurados lhe injuriava, dizendo: 'Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo e a nós'. E respondendo, o outro lhe repreendeu, dizendo: 'Nem tu temes a Deus passando pela mesma condenação? Nós, na verdade, padecemos justamente, porque recebemos o que mereceram os nossos atos; mas quanto a este, nenhum mal fez'. E disse a Jesus: 'Senhor, lembra-te de mim quando vieres em teu Reino'. Então Jesus lhe disse: 'Em verdade te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso'" (Lucas 23,39-43).</span><br /><br />O interessante neste evento é que Jesus promete ao bom ladrão estar com Ele no Paraíso ainda naquele dia. Mas como poderia ocorrer isso se a alma não sobrevive ao corpo? Visto que este simples texto desmorona instantaneamente toda a teologia dos testemunhas e adventistas, estes inventaram um argumento bastante original para se justificarem: alegam que em tal época não existiam sinais de pontuação, de modo que o que Jesus quis dizer foi: "Em verdade te digo hoje: estarás comigo no paraíso" (a posição dos dois-pontos muda assim todo o sentido da frase).<br /><br />O problema deste argumento é que tal forma de se expressar era totalmente alheia à forma de falar de Jesus verificada em todo o Novo Testamento. Quando Jesus usava a expressão "Em verdade te digo" (outras traduções traduzem: "Em verdade, em verdade", "Eu te asseguro" etc.), nunca a usava dessa maneira. Exemplos existem às dezenas, alguns dos quais podemos destacar:<br /><br /><span style="font-style: italic;">- "Em verdade, em verdade eu te digo: Quando eras mais jovem, te cingias e ias para onde querias; mas quando fores mais velho, estenderás as tuas mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres" (João 21,18).</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">- "Em verdade eu te digo: não sairás dali até que pagues o último centavo" (Mateus 5,26).</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">- "Respondeu Jesus: 'Em verdade, em verdade eu te digo: quem não nascer novamente não poderá ver o Reino de Deus'" (João 3,3).</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">- "Em verdade, em verdade eu te digo: o que sabemos, encontramos; e o que vimos, testificamos; e não recebeis o nosso testemunho" (João 3,11).</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">- "Respondeu-lhe Jesus: 'Tua alma vai se pôr por mim? Em verdade, em verdade eu te digo: não cantará o galo sem que me tenhas negado três vezes'" (João 13,38).</span><br /><br />Em todas estas oportunidades Jesus jamais disse: "Em verdade eu te digo HOJE:", mas apenas e de maneira bastante solene: "Em verdade eu te digo:".<br /><br />Inclusive, quando Cristo empregou a palavra "hoje" nessa espécie de expressão, foi para afirmar que o referido evento ocorreria nesse exato dia:<br /><br /><span style="font-style: italic;">"E disse-lhe Jesus: 'Em verdade eu te digo: tu, hoje, nesta noite, antes que o galo já tenha cantado duas vezes, me negarás por três vezes" (Marcos 14,30).</span><br /><br />Nesta frase, nenhum adventista ou testemunha de Jeová se atreveria a dizer que Cristo estava dizendo que esse "hoje" seria qualquer outro dia, que Pedro algum dia O negaria, pois vemos que Cristo diz que Pedro O negaria neste mesmo dia ["nesta noite"], ou seja, "hoje" mesmo.<br /><br />Outros exemplos onde Jesus empregou essa espécie de expressão sem jamais usar "hoje" para reafirmar a sua promessa ou o seu ensinamento podemos encontrar ao longo de todo o Evangelho (Mateus 3,9; 5.22.28.32.34.39.44; 12,36; 19,9; 21,27; Lucas 4,25; 9,27; 11,9; 12,44; 16,9; 19,26; João 16,7).<br /><br />Os testemunhas de Jeová e os adventistas sustentam ainda que o bom ladrão não poderia estar com Jesus nesse dia no Paraíso porque Jesus subiu ao Pai somente após a ressurreição:<br /><br /><span style="font-style: italic;">"Disse-lhe Jesus: 'Não me toques, pois não subi ao Pai. Porém, vai-te para onde estão os meus irmãos e dizei-lhes: 'Subo ao meu Pai e ao vosso Pai, ao meu Deus e ao vosso Deus'" (João 20,17).</span><br /><br />Mas esta aparente "contradição" tem solução...<br /><br />A aparente contradição é comentada por São Tomás de Aquino em sua "Suma Teológica", Parte III, c.52, a.4:<br /><br /><span style="font-style: italic;">"Cristo, para assumir sobre si mesmo as nossas penas, quis que o seu corpo fosse depositado no sepulcro; e quis também que a sua alma descesse ao inferno. Porém, o seu corpo permaneceu no sepulcro um dia inteiro e duas noites para que se comprovasse a verdade da sua morte. Assim, é de crer também que a sua alma esteve outro tanto no inferno, a fim de que, por sua vez, saísse a sua alma do inferno e o seu corpo do sepulcro".</span><br /><br />Mais adiante, continua dizendo:<br /><br /><span style="font-style: italic;">"Cristo, ao descer ao inferno, libertou os santos que ali estavam, não retirando-os instantaneamente do lugar do inferno, mas iluminando-os com a luz de sua glória no próprio inferno. E, não obstante, foi conveniente que a sua alma permanecesse no inferno por todo o tempo que o seu corpo esteve no sepulcro".</span><br /><br />Portanto:<br /><br /><span style="font-style: italic;">"Essas palavras do Senhor devem ser entendidas, não quanto ao paraíso terrestre corpóreo, mas quanto ao paraíso espiritual, no qual se diz que vivem os que gozam da vida divina. Com efeito, o ladrão desceu localmente com Cristo ao inferno, para estar com Ele, visto que lhe disse: 'Estarás comigo no paraíso'; porém, em razão do prêmio, esteve no Paraíso porque ali gozava da divindade como os demais santos".</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Evidência nº 2: a Parábola de Lázaro e o rico epulão</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">"Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e dava festas esplêndidas todos os dias. Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, ficava sentado no chão junto à porta do rico. Queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico, mas, em vez disso, os cães vinham lamber suas feridas. Quando o pobre morreu, os anjos o levaram para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe Abraão, com Lázaro ao seu lado. Então gritou: ‘Pai Abraão, tem compaixão de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas’. Mas Abraão respondeu: ‘Filho, lembra-te de que durante a vida recebeste teus bens e Lázaro, por sua vez, seus males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. Além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós’. O rico insistiu: ‘Pai, eu te suplico, manda então Lázaro à casa de meu pai, porque eu tenho cinco irmãos. Que ele os avise, para que não venham também eles para este lugar de tormento’. Mas Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os Profetas! Que os escutem!’ O rico insistiu: ‘Não, Pai Abraão. Mas se alguém dentre os mortos for até eles, certamente vão se converter’. Abraão, porém, lhe disse: ‘Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, mesmo se alguém ressuscitar dos mortos, não acreditarão’" (Lucas 16,19-31).</span><br /><br />Aqui temos, da boca do próprio Jesus, uma parábola onde, partindo de personagens fictícios, Jesus nos explica uma situação real aplicável a cada um de nós: a recompensa ou o castigo que receberemos conforme as nossas obras.<br /><br />Não se deve crer - como crêem as seitas - que apenas por ser uma parábola ela não encerra um ensinamento real. Seria bastante curioso Jesus apresentar uma parábola fazendo alusão à imortalidade da alma se esta realmente fosse uma doutrina pagã. Ora, se a alma fosse mortal, nada seria mais inapropriado do que empregar uma parábola cuja interpretação acabasse reforçando o conceito judaico da imortalidade da alma, visto que Jesus poderia perfeitamente alterar um pouco a estória, apontando que o rico simplesmente já não mais existia após a sua morte, enquanto que Lázaro era recompensado ao ressuscitar no último dia.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Evidência nº 3: a Transfiguração</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">"Seis dias depois, Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João e os fez subir a um lugar retirado, no alto de uma montanha, a sós. Lá, Ele foi transfigurado diante deles. Sua roupa ficou muito brilhante, tão branca como nenhuma lavadeira na terra conseguiria torná-la assim. Apareceram-lhes Elias e Moisés, conversando com Jesus" (Marcos 9,2-4).</span><br /><br />Este é outro evento que lança por terra a teologia das seitas pois, já que a alma não sobrevive ao corpo, o que faziam aqui Moisés e Elias conversando com Jesus? É oportuno recordar que a morte de Moisés está claramente registrada nas Escrituras (cf. Deuteronômio 34,5-6).<br /><br />Além da Transfiguração, temos ainda o evento da necromante de Endor, onde [o profeta] Samuel, já falecido, é evocado por ordem [do rei] Saul (1Samuel 28,6-20):<br /><br />Tanto no caso de Samuel quanto no de Elias e Moisés não se pode alegar que se trata de parábolas, nem de alucinações, e muito menos - como me comentou certa ocasião uma pessoa que possui crenças adventistas - que Samuel era um demônio e que Moisés ressuscitara temporariamente na Transfiguração para logo depois tornar a morrer.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Evidência nº 4: Cristo prega aos espíritos encarcerados</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">"De fato, também Cristo morreu, uma vez por todas, por causa dos pecados, o justo pelos injustos, a fim de nos conduzir a Deus. Sofreu a morte, na existência humana, mas recebeu nova vida no Espírito. No Espírito, ele foi também pregar aos espíritos na prisão, aos que haviam sido desobedientes outrora, quando Deus usava de paciência — como nos dias em que Noé construía a arca. Nesta arca, umas poucas pessoas — oito — foram salvas, por meio da água" (1Pedro 3,18-20).</span><br /><br />Este texto faz alusão à descida de Cristo aos infernos ("Sheol" para os hebreus) logo após a sua morte na Cruz, onde prega para aqueles justos que estavam retidos aguardando que Cristo, por sua morte e ressurreição, abrisse-lhes o caminho para entrar no céu (Hebreus 2,10; 9,8.15; 10,19-20; 1Pedro 3,19). Não custa dizer que neste evento encontra-se outra prova palpável da imortalidade da alma, visto que a pregação de Cristo é dirigida aos falecidos.<br /><br />Devemos descartar os argumentos pouco convincentes das seitas, que sugerem que tal pregação foi um simples ato de presença diante dos demônios ou um ato condenatório. Isto porque o sentido do verbo grego "κηρύσσει ν" (pregar), é indicado pelo contexto geral, que trata da misericórdia de Deus e dos efeitos da redenção. A pregação teve que ser, portanto, o anúncio de uma Boa Nova, estando em harmonia com as palavras de Pedro que seguem imediatamente depois:<br /><br /><span style="font-style: italic;">"Pois também aos mortos foi anunciado a Boa Nova, para que, mesmo julgados à maneira humana na carne, eles pudessem viver pelo Espírito, conforme o desejo de Deus" (1Pedro 4,6).</span><br /><br />A hipótese de uma pregação condenatória seria contrária ao espírito da passagem. Ademais, devemos ressaltar que o termo "κηρύσσειv", no Novo Testamento, é empregado sempre para designar a pregação de uma Boa Nova.<br /><br />Também é descabida a suposição de que se tratavam de demônios, pois faz referência a pessoas incrédulas que viviam nos tempos de Noé.<br /><br />Devemos notar, no entanto, que ainda que o Apóstolo distinga especialmente os contemporâneos de Noé, não está com isto excluindo os demais justos; na verdade, ele está destacando a eficácia redentora de Cristo, a qual alcançou inclusive aqueles que em outra época foram considerados como grandes pecadores e provocaram o maior castigo de Deus sobre o mundo. Seriam assim aqueles que no tempo de Noé foram incrédulos às suas exortações ao arrependimento, mas que logo depois de se desencadear o dilúvio se arrependeram, pedindo perdão a Deus antes de morrerem.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Evidência nº 5: a Bíblia apresenta os salvos na presença de Deus</span><br /><br />No capítulo 11 da Carta aos Hebreus são mencionados todos os Patriarcas e Santos da Antiguidade como modelos para os cristãos. Eles que não alcançaram "a promessa" e tiveram que esperar que Cristo, por sua morte e ressurreição, abrisse-lhes o caminho para ingressar no céu (Hebreus 2,10; 9,8.15; 10,19-20; 1Pedro 3,19) são apresentados como testemunhas ao nosso redor:<br /><br /><span style="font-style: italic;">"Portanto, com tamanha nuvem de testemunhas em torno de nós, deixemos de lado tudo o que nos atrapalha e o pecado que nos envolve. Corramos com perseverança na competição que nos é proposta" (Hebreus 12,1).</span><br /><br />O Autor da Carta aos Hebreus se serve, assim, de uma metáfora extraída dos jogos públicos, aos que estavam acostumados com a sociedade greco-romana. Imagina-se que, da mesma forma como naqueles jogos há uma nuvem de testemunhas observando, também nós, os cristãos, encontramo-nos rodeados por toda uma "nuvem de testemunhas" que observam o nosso esforço. Essas testemunhas, é claro, são os antepassados que o Autor acabara de mencionar e que se encontram na cidade do Deus Vivo, na assembleia dos primogênitos inscritos no Reino dos Céus, por se tratar dos espíritos dos justos que atingiram a perfeição:<br /><br /><span style="font-style: italic;">"Vós, ao contrário, vos aproximastes do monte Sião e da cidade do Deus vivo, a Jerusalém celeste; da reunião festiva de milhões de anjos; da assembleia dos primogênitos, cujos nomes estão escritos nos céus. Vós vos aproximastes de Deus, o Juiz de todos; dos espíritos dos justos, que chegaram à perfeição" (Hebreus 12,22-23).</span><br /><br />Observe-se que se fala aqui dos "espíritos dos justos". Estes justos, no entanto, ainda não ressuscitaram, coisa que resta bem clara, primeiramente, porque são chamados de "espíritos"; e, em segundo lugar, porque a ressurreição se dará apenas no último dia (cf. João 6,39).<br /><br />Outro texto onde podemos ver claramente as almas conscientes dos justos e na presença de Deus antes da ressurreição encontramos no Apocalipse:<br /><br /><span style="font-style: italic;">"Quando abriu o quinto selo, vi debaixo do altar aqueles que tinham sido imolados por causa da Palavra de Deus e do testemunho que tinham dado. Gritaram com voz forte: 'Senhor santo e verdadeiro, até quando tardarás em fazer justiça, vingando o nosso sangue contra os habitantes da terra?' Então, cada um deles recebeu uma veste branca e foi-lhes dito que esperassem mais um pouco de tempo, até se completar o número dos seus companheiros e irmãos, que iriam ser mortos como eles" (Apocalipse 6,9-11).</span><br /><br />E quando Estêvão - o primeiro mártir cristão - sofreu o martírio, viu, antes de morrer, o céu se abrir para receber o seu espírito:<br /><br /><span style="font-style: italic;">"Cheio do Espírito Santo, Estêvão olhou para o céu e viu a glória de Deus; e viu também Jesus, de pé, à direita de Deus. Ele disse: 'Estou vendo o céu aberto e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus'. Mas eles, dando grandes gritos e tapando os ouvidos, avançaram todos juntos contra Estêvão; arrastaram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas deixaram seus mantos aos pés de um jovem, chamado Saulo, e apedrejavam Estêvão, que exclamava: 'Senhor Jesus, acolhe o meu espírito'. Dobrando os joelhos, gritou com voz forte: 'Senhor, não os condenes por este pecado'. Com estas palavras, adormeceu" (Atos 7,55-60).</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">CONCLUSÃO</span><br /><br />As evidências em favor da imortalidade da alma são muitas. E de fato, não apenas os cristãos como também os judeus - que reconhecem apenas o Antigo Testamento - crêem nela. Apenas as seitas que aguardam [o cumprimento de] profecias falidas (adventistas e testemunhas de Jeová) é que se obstinam em negá-la, preferindo distorcer todo texto bíblico que refuta o seu erro.<br /><br />Espero, assim, que este resumo sirva para transmitir-lhes a doutrina da Santa Igreja Católica e lhes permita abandonar o erro que professam.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">BIBLIOGRAFIA</span><br /><br />- Bíblia Comentada, texto de Nácar-Colunga.<br />- [Bíblia Sagrada, tradução da CNBB].<br /></div><br /><div style="text-align: center;">Autor:<span style="font-weight: bold;"> José Miguel Arráiz</span><br />Fonte:<span style="font-weight: bold;"> http://www.apologeticacatolica.org</span><br />Tradução: <span style="font-weight: bold;">Carlos Martins Nabeto</span><br /></div>CARLOS MARTINS NABETOhttp://www.blogger.com/profile/14902439161422262013noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2863984449586839113.post-20358478680832287222010-12-25T16:17:00.003-02:002010-12-25T16:30:46.995-02:00O QUE É RELATIVISMO?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS3zHCV_9H_qvWOdHvmtN8TPOXaB6gJENfrcWRFfOlZv5N5t6Lp4nOjqS5wqdOwAB1RVp84mvrRs8opPdIBLHKBnfdRPS5sGgWcn4R94z4udew6CamCAM0QQ9tHpjy-H70umB854pU19E/s1600/relativismo.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 266px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS3zHCV_9H_qvWOdHvmtN8TPOXaB6gJENfrcWRFfOlZv5N5t6Lp4nOjqS5wqdOwAB1RVp84mvrRs8opPdIBLHKBnfdRPS5sGgWcn4R94z4udew6CamCAM0QQ9tHpjy-H70umB854pU19E/s320/relativismo.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5554686859527987106" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><span style="font-style: italic;">Você e eu possuímos verdades diferentes? Você tem algum direito de me impor os seus valores? Conheça o perigo de se aceitar uma tendência que entende inexistentes as normas de conduta universais para todos os seres humanos</span><br /></div><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-style: italic;">"As condições de sobrevivência da humanidade não estão sujeitas a votação; são como são" </span>(Robert Spaemann)<br /></div><br /><span style="font-weight: bold;">EXISTEM VALORES ABSOLUTOS?</span><br /><br />Diz Peter Kreeft que certo dia, durante uma de suas aulas de ética, um aluno disse-lhe que a moral era algo relativo e que ele, como professor, não tinha o direito de impor [aos outros] os seus valores.<br /><br /><span style="font-style: italic;">"Bem, - </span>respondeu Kreeft, para iniciar um debate sobre aquela questão<span style="font-style: italic;"> - vou então aplicar à classe os seus valores e não os meus. Você diz que não há valores absolutos e que os valores morais são subjetivos e relativos. Já que as minhas ideias pessoais são um tanto singulares em alguns aspectos, a partir deste momento vou aplicar esta: todas as alunas estão suspensas"</span>.<br /><br />O aluno ficou surpreso e protestou, dizendo que aquilo não era justo.<br /><br />Kreeft lhe perguntou:<span style="font-style: italic;"> "Para você, o que significa 'ser justo'? Porque se a justiça é apenas o meu valor ou o seu valor, então não existe nenhuma autoridade comum entre nós dois. Eu não tenho o direito de impor para você o meu sentido de justiça, mas você também não pode me impor o seu...".</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">"Portanto, apenas se existir um valor universal chamado 'justiça', que prevaleça sobre nós, você poderá apelar a ele para julgar injusto que eu suspenda todas as alunas. Mas se não existirem valores absolutos e objetivos fora de nós, você apenas poderia me dizer que os seus valores subjetivos são diferentes dos meus e nada mais".</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">"No entanto</span> - continuou Kreeft - <span style="font-style: italic;">você não está me dizendo que não gosta do que eu faço, mas que é 'injusto'. Ou seja, que quando você parte para a prática, então acredita em valores absolutos".</span><br /><br /><br /><span style="font-weight: bold;">NÃO ME IMPONHA A SUA VERDADE</span><br /><br />Os relativistas e os céticos consideram que aceitar qualquer crença é algo servil, uma torpe escravidão que coage a liberdade de pensamento e impede uma forma de pensar elevada e independente.<br /><br />No entanto - como dizia C. S. Lewis - ainda que um homem afirme não crer na realidade do bem e do mal, mais cedo ou mais tarde o veremos contradizer-se na vida prática. Por exemplo: uma pessoa pode não cumprir sua palavra ou não respeitar o combinado, argumentando que isto não tem importância e que cada um deve organizar sua vida sem pensar em teorias. Porém, o mais provável é que não demore muito em argumentar, referindo-se a outra pessoa, que é indigno que ela não tenha cumprido [para com ele] as suas promessas.<br /><br />Quando os defensores do relativismo falam em defesa dos seus direitos, costumam a se desprender de todo o seu relativismo moral e condenar categoricamente a objetiva imoralidade daqueles que pretendem causar-lhes dano. E se alguém lhes rouba a carteira, ou lhes acerta um tapa, o mais provável é que esqueçam o seu relativismo e assegurem - sem qualquer relativismo - que isso é algo muito mal, diga o que disser quem quer que seja (sobretudo se quem o diz é o próprio ladrão ou agressor). Ora, se a palavra dada não tem importância, ou se não existem coisas tais como o bem e o mal, ou se não existe uma lei natural, qual é a diferença entre algo justo ou injusto? Por acaso não se contradizem ao mostrar que, apesar do que afirmam, na vida prática reconhecem que existe uma lei da natureza humana?<br /><br />O relativismo, ao não possuir uma referência clara à verdade, conduz à confusão global do que está certo e do que está errado. Se se analisam com um pouco mais de detalhes as suas argumentações, é fácil advertir - como explicar Peter Kreeft - que quase todas costumam a se autorefutarem:<br /><br /><span style="font-style: italic;">- "A verdade não é universal"</span> - exceto esta verdade?<br /><br /><span style="font-style: italic;">- "Ninguém pode conhecer a verdade" </span>- exceto você, pelo que parece.<br /><br /><span style="font-style: italic;">- "A verdade é incerta"</span> - mas não é incerto também esta sua afirmação?<br /><br /><span style="font-style: italic;">- "Todas as generalizações são falsas" </span>- e esta também?<br /><br /><span style="font-style: italic;">- "Você não pode ser dogmático"</span> - com esta mesma afirmação você está demonstrando ser bem dogmático.<br /><br /><span style="font-style: italic;">- "Não me imponha a sua verdade"</span> - agora é você quem está me impondo as suas verdades.<br /><br /><span style="font-style: italic;">- "Não há absolutos"</span> - absolutamente?<br /><br /><span style="font-style: italic;">- "A verdade é apenas uma opinião"</span> - na sua opinião, pelo que vejo.<br /><br /><span style="font-style: italic;">Etcetera ad nauseam...</span><br /><br /><br /><span style="font-weight: bold;">O BOXEADOR QUE NUNCA SOBE AO RINGUE</span><br /><br />Quando alguém diz que é muito difícil ou quase impossível saber o que é verdade ou mentira, o que é bom ou mau, porque garante que tudo é relativo, adota uma cômoda postura em que simplesmente não precisa argumentar nada. Resolve qualquer debate ou discussão séria porque nega o seu pressuposto. Por isso, dizia Wittgenstein, é como um boxeador que nunca sobe ao ringue.<br /><br />Ao invés de subir ao ringue, o que costuma a fazer na prática é, em um descuido retórico, fazer valer a sua própria verdade e o seu próprio conceito de bem. Isto porque também ele guarda muitas certezas, ainda que talvez não as tenha percebido, por estar demasiadamente ocupado em acusar os outros de dogmatismo.<br /><br />O que o relativista costuma a olhar com suspeita não são as certezas, mas as certezas dos demais.<br /><br />Deixar-se-iam operar por um médico-cirurgião se não estivessem seguros de sua competência [médica]? Embarcariam em um avião de certa companhia aérea se fossem manifestadas incertezas acerca da segurança daquele voo? Todo homem, por natureza, busca sempre as certezas.<br /><br />Segundo Christopher Derrick, a apoteose do relativismo pode ser devida a essa impressão - vaga, porém persuasiva - de que expressar dúvida é um sinal de modéstia e democracia, enquanto que falar de certezas se considera como dogmático e quase ditatorial.<br /><br />No entanto, o relativismo não pode ser levado às últimas consequências. Por isso, Ortega dizia que:<br /><br /><span style="font-style: italic;">"O relativismo é uma teoria suicida, pois quando se aplica a si mesma, morre. Na maioria das vezes, o relativismo é uma espécie de posse acadêmica, uma cômoda evasão da realidade".</span><br /><br /><br /><span style="font-weight: bold;">DÃO NO MESMO TODAS AS RELIGIÕES?</span><br /><br />Charles Moore, diretor do "Sunday Telegraph", relatou há alguns anos sua conversão ao Catolicismo.<br /><br />Moore procurava a verdadeira religião, ante o assombro de seus amigos que lhe diziam que todas as religiões são iguais e que a única coisa importante era o desejo de fazer o bem. Ele discordava completamente e respondia:<br /><br /><span style="font-style: italic;">"Isso seria como se alguns médicos se reunissem em torno de um paciente e concluíssem: 'Bom, todos nós queremos que ele melhore; portanto, todos os [diferentes] tratamentos que lhe prescrevermos serão igualmente bons'. No entanto, é óbvio que isto não ocorre. Encontrar o tratamento adequado pode ser questão de vida ou morte".</span><br /><br />É certo que pessoas de religiões diferentes recebem alento de suas [respectivas] crenças e o ensinamento para se tornarem melhores. Todas as religiões distintas da verdadeira contêm e oferecem elementos de religiosidade, que procedem de Deus e que refletem um lampejo daquela Verdade que ilumina todos os homem. Porém, a partir disso deduzir que todas as religiões são iguais, que dá na mesma tanto uma quanto outra, seria deduzir ao excesso.<br /><br />Na hora de escolher a religião, deve-se perguntar sobretudo qual das portas é a verdadeira e não qual delas nos agrada mais por seus enfeites ou atrações externas.<br /><br />Não basta a boa intenção, já que não se pode esquecer quanto mal ocorreu na História em nome de opiniões e boas intenções.<br /><br />Cada homem tem a obrigação - e também o direito - de buscar a verdade em matéria religiosa, a fim de que, empregando os meios adequados, chegue a formar juízos de consciência retos e verdadeiros.<br /><br /><span style="font-style: italic;">- Então o que importa para a salvação é viver conforme a própria consciência...</span><br /><br />Quando se fala em viver conforme a consciência, alguns o compreendem como um simples viver segundo o que cada um subjetivamente pensa, como se nas questões religiosas e morais não houvesse nada objetivo. Porém, nem sempre basta seguir a consciência, já que às vezes a sua voz pode ser afogada ou ainda equivocada. Por exemplo: Hitler escreveu, poucas horas antes de morrer, que não se arrependia de nada, que de nada pedia perdão porque afirmava seguir de boa fé a sua consciência...<br /><br />A consciência não é um simples reduto do subjetivismo, mas o lugar onde se da a abertura do homem para a verdade, para Deus. O homem, se procura, tem possibilidade de conhecer o caminho que o conduz à verdade.<br /><br />E obedecer à consciência nesse caminho pode exigir um grande esforço. Supõe não deixar-se guiar apenas pelo que lhe agrada, mas olhar ao redor, purificar-se e ter o ouvido atento para ouvir a voz de Deus, para colocar-se a caminho da verdade.<br /><br />Somente assim se pode compreender no que consiste a grandeza da fé. E as diferentes religiões podem subministrar elementos que nos conduzem a esse caminho, mas que também podem nos desviar dele.<br /><br /><span style="font-style: italic;">- Então a Igreja não admite que o Cristianismo seja mais uma via de salvação entre muitas outras [vias]?</span><br /><br />A Igreja sustenta que Jesus Cristo não é simplesmente um guia espiritual, ou um caminho a mais para Deus entre muitos outros, mas sim o único caminho de salvação.<br /><br /><span style="font-style: italic;">- Mas isso não é uma afirmação um tanto arrogante de parte da Igreja?</span><br /><br />Acredito que não. O natural é que fiel muçulmano reconheça Maomé como profeta, ou que um fiel judeu escute a Torah como Palavra de Deus. O que diz a Igreja Católica não supõe menosprezo nem falta de consideração pelas outras confissões religiosas. Afirma que Jesus Cristo é o único caminho de salvação, mas também diz claramente que Deus salva os não-cristãos que se fazem merecedores disto.<br /><br />A salvação - para se dizer de um modo um tanto quanto informal - é monopólio de Deus e não dos cristãos. Deus dá a todos os homens luz e auxílio para se salvarem, fazendo-o de maneira adequada à situação interior e ambiental de cada um.<br /><br /><div style="text-align: center;">Autor:<span style="font-weight: bold;"> Anônimo</span><br />Fonte: <span style="font-weight: bold;">www.encuentra.com</span><br />Tradução: <span style="font-weight: bold;">Carlos Martins Nabeto</span></div></div>CARLOS MARTINS NABETOhttp://www.blogger.com/profile/14902439161422262013noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2863984449586839113.post-32040325095384540632010-12-25T13:27:00.004-02:002010-12-25T13:36:26.755-02:00A GRANDE REVELAÇÃO: O MESSIAS<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjydWOIrRtbbvlu0ARCrSOpqM9-VFeEWh9OepjVMGH8Xm71w38qBfuR_qLyOmop2wyMneCQ2Na1yOgUeXVmkYjXpXyqkjReAUrsUR_7WAAAYRD9x-O3gzyNofDPasRlC24AsctkgbB5YPI/s1600/divindadedejesus.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjydWOIrRtbbvlu0ARCrSOpqM9-VFeEWh9OepjVMGH8Xm71w38qBfuR_qLyOmop2wyMneCQ2Na1yOgUeXVmkYjXpXyqkjReAUrsUR_7WAAAYRD9x-O3gzyNofDPasRlC24AsctkgbB5YPI/s320/divindadedejesus.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5554642690593685234" border="0" /></a><br /><br /><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><span style="font-style: italic;">Cristo, o homem histórico, é verdadeiramente o Filho de Deus, o Messias prometido aos judeus</span><br /></div><br />Na época em que Jesus viveu, mais do que nunca, aguardava-se a vinda do Messias; no entanto, tinha-se falseado o conceito que fora dado sobre Ele aos Profetas. Em sua grande maioria, os judeus contemporâneos de Jesus esperavam um Messias que lhes traria bonança, um grande chefe político.<br /><br />Os três conceitos errados sobre o Messias eram:<br /><br />1. O reino messiânico seria um período de prosperidade material, sem cansaço nem dores, livre do domínio estrangeiro. Os próprios Apóstolos não concebiam [inicialmente] que Jesus viera falar de morte na cruz para atrair a Si todas as coisas.<br /><br />2. Os rabinos concebiam o futuro Messias como um chefe político, restaurador da dinastia davídica.<br /><br />3. A terceira corrente fazia coincidir a vinda do Messias com o fim o do mundo. O reino messiânico se realizaria em outra vida (=visão escatológica).<br /><br />Apesar destas falsas concepções, existia um "pequeno resto" de pessoas que possuía uma ideia exata do Messias: o Messias, simultaneamente Sacerdote e Vítima, sacrificaria sua vida para libertar-nos do pecado e restaurar a amizade entre Deus e os homens. Neste grupo encontramos, com Maria, sua prima Isabel (Lucas 1,41-46), o velho Simeão (Lucas 2,30-32), a profetiza Ana (Lucas 2,38) e, sobretudo, João Batista (Mateus 3,2-12), além do essênios, uma seita que as recentes descobertas no Mar Morto nos permitiram conhecer melhor e à qual [provavelmente] pertencia João Batista.<br /><br />Por causa dessas distorções, Jesus, para demonstrar sua Messiandade, empregou uma tática prudente para não causar demasiado escândalo: toma o título de "Filho do Homem" (Daniel 7,13-14).<br /><br />Em primeiro lugar, aceita o testemunho de João Batista (João 1,29-30). Declara abertamente sua Messiandade perante a samaritana (João 4,25-26), perante Nicodemos (João 3,13-18) e, de maneira contundente, perante Caifás, durante seu próprio julgamento (Mateus 26,63-64).<br /><br />Ao mesmo tempo, apresenta-se também perante o mundo como o Filho de Deus: <span style="font-style: italic;">"Ninguém conhece o Pai senão o Filho" (Mateus 11,27)</span>. Revela-nos sua íntima união com o Pai, com o qual se identifica. Esta afirmação, totalmente original, não se encontra em nenhum outro fundador de religiões; a apreciamos na profissão de fé de Pedro (Mateus 16,18). A manifestação mais clara que possuímos nos Sinóticos acerca da divindade de Jesus encontra-se na resposta que Ele deu diante do sumo sacerdote Caifás, no Sinédrio:<br /><br /><span style="font-style: italic;">"Conjuro-te pelo Deus vivo, que nos digas se Tu és o Cristo, o Filho de Deus" (Mateus 26,63).</span> Jesus respondeu:<span style="font-style: italic;"> "Tu o disseste. E vos declaro que desde agora vereis o Filho do homem sentado à direita do Pai, a vir sobre as nuvens do céu" (Mateus 26,64)</span>.<br /><br />A divindade de Jesus é ainda mais clara no Evangelho de São João. Citemos alguns textos:<br /><br /><span style="font-style: italic;">- "E o Verbo era Deus" (1,1).</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">- "Eu e o Pai somos um" (10,30).</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">- "Eu vos digo e não acreditais. As obras que faço em nome do meu Pai dão testemunho de Mim. Mas vós não acreditais porque não sois ovelhas minhas" (10,25-26).</span><br /><br />Resta-nos ainda como testemunho a própria ação de Jesus durante a sua vida pública. Em primeiro lugar, fala de aperfeiçoar a Lei dada por Deus ao povo judaico, e apenas Ele pode exercer domínio sobre as coisas de Deus (Mateus 34-36, Juízo Final). Proclama-se também o próprio fim da lei moral, coisa que apenas Deus pode pretender. Por outro lado, proclama-se mais digno de amor que todas as pessoas queridas, mais ainda que a nossa própria vida (Mateus 10,37 e Mateus 16,25). Por consequência: JESUS SE APRESENTA COMO DEUS.<br /><br />A linguagem de certas expressões evangélicas somente é compreendida se se tem esta perspectiva da divindade de Cristo:<br /><br /><span style="font-style: italic;">- "Eu sou a ressurreição e a vida" (João 11,25).</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">- "Eu sou a luz do mundo" (João 8,12).</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">- "Eu sou o caminho, a verdade e a vida" (João 14,6).</span><br /><br />- "Quem não recolhe comigo, espalha" (Mateus 12,30).<br /><br />Quando cura os doentes, etc., opera diretamente por sua própria vontade:<span style="font-style: italic;"> "Quero. Fica limpo" (Mateus 8,3)</span>.<br /><br />Assume também o direito de perdoar os pecados, que é algo que compete apenas a Deus: <span style="font-style: italic;">"Confia, filho: teus pecados te são perdoados" (Mateus 9,2)</span>.<br /><br />Age como Deus quando a tempestade sacode o barco e ameaça afundá-lo; Jesus desperta e ordena ao mar: <span style="font-style: italic;">"Cala-te. Acalma-te" (Marcos 4,39)</span>.<br /><br />Por fim, durante toda a sua vida, Jesus nunca tem dúvida, nem titubeia. Pronuncia os juízos mais decisivos e comprometidos sobre os problemas humanos mais graves, sem que jamais sua inteligência acuse o mínimo esforço, sem se ver obrigado a refletir antes de responder, visto que o que sabe não provém em razão do estudo ou do raciocínio.<br /></div><br /><div style="text-align: center;">Autor: <span style="font-weight: bold;">Sagrada Congregação para o Clero</span><br />Fonte: <span style="font-weight: bold;">www.clerus.org</span><br />Tradução: <span style="font-weight: bold;">Carlos Martins Nabeto</span><br /></div>CARLOS MARTINS NABETOhttp://www.blogger.com/profile/14902439161422262013noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2863984449586839113.post-84489303685684280222010-12-24T11:02:00.005-02:002010-12-24T11:12:17.364-02:00O NATAL ESTÁ SENDO PERDIDO?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxV7QD9MBnLZC6jhYCEiCFUTpah7yMeVENSfaXLV0JhTLy7QDvzAHLNL5H0nTP_m1IgLo5acMnU0cUpWPmb7XUMBOdG8r8igZMD4iDqjfI-TP0cDoQ_6A0hfHVrA1QXG_b07cWl5H6rZc/s1600/inocentes.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 312px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxV7QD9MBnLZC6jhYCEiCFUTpah7yMeVENSfaXLV0JhTLy7QDvzAHLNL5H0nTP_m1IgLo5acMnU0cUpWPmb7XUMBOdG8r8igZMD4iDqjfI-TP0cDoQ_6A0hfHVrA1QXG_b07cWl5H6rZc/s320/inocentes.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5554235375627406082" border="0" /></a><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-style: italic;"> Herodes também celebra o Natal</span><br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Um dos sinais mais evidentes da sobrenaturalidade do Natal não se dá na manjedoura onde Jesus nasce, mas no palácio onde Herodes reside. Como os pastores que cuidavam dos seus rebanhos, como os sábios provindos do Oriente, Herodes reconhece a sobrenaturalidade do nascimento de Cristo. E, como os pastores e os sábios, se apressa a celebrá-lo... a seu modo. Nós, cristãos, celebramos, com o Natal de Cristo, o advento de uma nova era: nossa natureza decaída é finalmente redimida; e essa redenção, que não passa despercebida de seus beneficiários, tampouco poderia, em seu máximo, produzir danos.<br /><br />Certa iconografia cristã retratou o Natal com traços de ternura e suavidade, adulterando o sentido profundo do Reinado que se instaura, o qual não é um reinado pacífico (ou somente o é se considerarmos que o Natal é uma prefiguração da Parusía), mas de combate. As campanhas de Natal - nos recorda Chesterton - sonham com o barulho dos canhões, pois o que o Natal vem instaurar é uma cruel batalha, uma guerra incessante contra quem, na narração evangélica, é representado por Herodes.<br /><br />Herodes combate o Natal matando crianças. É um traço característico (ou, dito mais propriamente, constitutivo) de todos os cultos demoníacos de ódio pelas novas vidas; isto porque em toda nova vida se resume a Nova Aliança que Deus estabeleceu com os homens. E visto que toda nova vida adquire aos olhos de Deus uma condição sagrada, adquire também, aos olhos do Inimigo, a condição de vítima propiciatória. Isto, que é uma verdade teológica profunda - mesmo que os padres já não falem falem mais do Inimigo -, é também uma verdade histórica irrefutável. Em todos os ocasos da História, as novas vidas têm sido perseguidas sem piedade: sua fragilidade golpeada, sua inocência escarnecida, sua dignidade vituperada, sua própria existência perseguida com brutal e eficiente ódio.<br /><br />Neste novo ocaso da História, a perseguição herodiana das novas vidas se estende até aquilo que os Profetas do Antigo Testamento denominavam "a abominação da desolação", isto é, até a profanação do recinto sagrado onde toda nova vida encontra refúgio e sustento. A conversão do seio materno em um campo de batalha onde se exerce a mais feroz das violências contra as novas vidas constitui a mais estremecedora manifestação demoníaca de nossa época - e é a forma pela qual Herodes continua celebrando o Natal.<br /><br />Herodes celebrou o Natal deixando-se arrastar por um momento repentino de cólera, mas o Inimigo não costuma empregar estratégias tão grosseiras; pelo contrário, costuma a mascarar seus crimes sob uma fachada de humanitarismo farisaico. E uma de suas estratégias favoridas consiste em adotar argumentos que favoreçam o ofuscamento da consciência moral: "Ai daqueles que chamam o 'mal' de 'bem' e o 'bem' de 'mal'; que fazem da 'luz', trevas; e das 'trevas', luz; que trocam o 'amargo' pelo 'doce' e o 'doce' pelo 'amargo'" - exclamava Isaías. Os inimigos das novas vidas chamam agora de 'direito' àquilo que é um crime; e disfarçam de filantropia e feminismo ao que nada mais é do que ódio essencial à linhagem humana e eterna inimizade contra a mulher. Este ódio é de índole demoníaca e todos os álibis ideológicos que esgrimem para justificá-lo ou maquiá-lo com enfeites nada mais são do que [simples] disfarce de quem disse: "Non serviam" (="Não servirei").<br /><br />Existe uma passagem bastante enigmática e controvertida das Escrituras (2Tessalonicenses 2,3-8), em que São Paulo se refere a um misterioso "obstáculo" que retém o ímpio e o impede de se manifestar; basta que tal obstáculo se retire - nos diz São Paulo - para que sobrevenham os Últimos Tempos. Eu sempre identifiquei esse "obstáculo" com o discernimento moral do homem, com a capacidade que o homem possui para emitir, mediante a razão, um juízo objetivo sobre o que está certo e o que está errado, conforme estabelecia Aristóteles em sua "Política". A perseguição herodiana contra as novas vidas, sancionada legalmente e aceita socialmente, nos indica que tal discernimento se obscureceu e que talvez o obstáculo tenha sido removido.<br /><br />Feliz e santo Natal a todos. E não se esqueçam que o Natal somente pode ser celebrado combatendo-se Herodes.<br /></div><br /><div style="text-align: center;">Autor: <span style="font-weight: bold;">Anônimo</span><br />Fonte: <span style="font-weight: bold;">www.encuentra.com</span><br />Tradução: <span style="font-weight: bold;">Carlos Martins Nabeto</span></div>CARLOS MARTINS NABETOhttp://www.blogger.com/profile/14902439161422262013noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2863984449586839113.post-55206980574809195522010-12-24T00:11:00.003-02:002010-12-24T00:21:19.651-02:00Igreja Católica: Construtora da Civilização - Episódio 13: Recapitulação Geral<div style="text-align: center;"><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Hb6xQrGrDZU?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/Hb6xQrGrDZU?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/aviASmvzxPU?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/aviASmvzxPU?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/HeIA-y3bsDg?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/HeIA-y3bsDg?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br />Apresentação: <span style="font-weight: bold;">Dr. Thomas E. Woods</span> <span style="font-weight: bold;">Jr.</span><br />Produção: <span style="font-weight: bold;">EWTN - Ethernal Word Television Network</span><br />Tradução e Legendas: <span style="font-weight: bold;">Kandungus</span><br /></div>CARLOS MARTINS NABETOhttp://www.blogger.com/profile/14902439161422262013noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2863984449586839113.post-3441394049642541092010-12-18T11:19:00.001-02:002010-12-24T00:21:42.313-02:00Igreja Católica: Construtora da Civilização - Episódio 12: Atrocidades Anticatólicas<div style="text-align: center;"><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/seCPzWmyMus?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/seCPzWmyMus?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/tmfti1hu9NQ?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/tmfti1hu9NQ?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Yd9cmsIRetk?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/Yd9cmsIRetk?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br />Apresentação: <span style="font-weight: bold;">Thomas E. Woods</span> <span style="font-weight: bold;">Jr.</span><br />Produção: <span style="font-weight: bold;">EWTN - Ethernal Word Television Network</span><br />Tradução e Legendas: <span style="font-weight: bold;">Kandungus</span><br /></div>CARLOS MARTINS NABETOhttp://www.blogger.com/profile/14902439161422262013noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2863984449586839113.post-45609427706176506262010-12-18T11:12:00.001-02:002010-12-24T00:22:08.739-02:00Igreja Católica: Construtora da Civilização - Episódio 11: As Origens do Direito Internacional<div style="text-align: center;"><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/PC947OiQ4io?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/PC947OiQ4io?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/WoLUUKlkpxY?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/WoLUUKlkpxY?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/gl18EVKcong?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/gl18EVKcong?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br />Apresentação: <span style="font-weight: bold;">Thomas E. Woods</span> <span style="font-weight: bold;">Jr.</span><br />Produção: <span style="font-weight: bold;">EWTN - Ethernal Word Television Network</span><br />Tradução e Legendas: <span style="font-weight: bold;">Kandungus</span><br /></div>CARLOS MARTINS NABETOhttp://www.blogger.com/profile/14902439161422262013noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2863984449586839113.post-38810153548668355552010-12-18T10:58:00.001-02:002010-12-24T00:22:31.890-02:00Igreja Católica: Construtora da Civilização - Episódio 10: O Conceito de Direito<div style="text-align: center;"><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/mOaL9ktvp28?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/mOaL9ktvp28?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/88VunpQJTto?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/88VunpQJTto?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/81dkmpTEL4A?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/81dkmpTEL4A?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br />Apresentação: <span style="font-weight: bold;">Thomas E. Woods</span> <span style="font-weight: bold;">Jr.</span><br />Produção: <span style="font-weight: bold;">EWTN - Ethernal Word Television Network</span><br />Tradução e Legendas: <span style="font-weight: bold;">Kandungus</span><br /></div>CARLOS MARTINS NABETOhttp://www.blogger.com/profile/14902439161422262013noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2863984449586839113.post-69881477444856328442010-12-18T10:49:00.001-02:002010-12-24T00:22:52.949-02:00Igreja Católica: Construtora da Civilização - Episódio 9: A Moralidade Ocidental<div style="text-align: center;"><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Uzk8zqoza5Q?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/Uzk8zqoza5Q?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/D1CPr1gTLSI?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/D1CPr1gTLSI?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/mLNosAcEiTc?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/mLNosAcEiTc?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br />Apresentação: <span style="font-weight: bold;">Dr. Thomas E. Woods</span> <span style="font-weight: bold;">Jr.</span><br />Produção: <span style="font-weight: bold;">EWTN - Ethernal Word Television Network</span><br />Tradução e Legendas: <span style="font-weight: bold;">Kandungus</span><br /></div>CARLOS MARTINS NABETOhttp://www.blogger.com/profile/14902439161422262013noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2863984449586839113.post-77700590295631680092010-12-18T10:43:00.001-02:002010-12-24T00:23:15.072-02:00Igreja Católica: Construtora da Civilização - Episódio 8: A Caridade Católica<div style="text-align: center;"><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Ghdu4RgyyHI?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/Ghdu4RgyyHI?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/7OYtW4cIrdc?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/7OYtW4cIrdc?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/bvU4yv3C0fE?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/bvU4yv3C0fE?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br />Apresentação: <span style="font-weight: bold;">Dr. Thomas E. Woods</span> <span style="font-weight: bold;">Jr.</span><br />Produção:<span style="font-weight: bold;"> EWTN - Ethernal Word Television Network</span><br />Tradução e Legendas: <span style="font-weight: bold;">Kandungus</span><br /></div>CARLOS MARTINS NABETOhttp://www.blogger.com/profile/14902439161422262013noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2863984449586839113.post-85129525594054037912010-12-18T09:58:00.001-02:002010-12-24T00:23:49.564-02:00Igreja Católica: Construtora da Civilização - Episódio 7: Os Monges<div style="text-align: center;"><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/ZdS9HLVMAtk?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/ZdS9HLVMAtk?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/EPsUCdqLD-M?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/EPsUCdqLD-M?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/pVtdIR-aTcU?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/pVtdIR-aTcU?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br />Apresentação: <span style="font-weight: bold;">Dr. Thomas E. Woods Jr.</span><br />Produção: <span style="font-weight: bold;">EWTN - Ethernal Word Television Network</span><br />Tradução e Legendas:<span style="font-weight: bold;"> Kandungus</span><br /></div>CARLOS MARTINS NABETOhttp://www.blogger.com/profile/14902439161422262013noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2863984449586839113.post-69811779624690362722010-12-18T09:55:00.001-02:002010-12-24T00:24:15.756-02:00Igreja Católica: Construtora da Civilização - Episódio 6: A Existência de Deus<div style="text-align: center;"><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/mnMO2qYeb0M?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/mnMO2qYeb0M?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/HF-w3HOiBxY?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/HF-w3HOiBxY?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/8och30fMZhs?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/8och30fMZhs?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br />Apresentação: <span style="font-weight: bold;">Dr. Thomas E. Woods</span> <span style="font-weight: bold;">Jr.</span><br />Produção: <span style="font-weight: bold;">EWTN - Ethernal Word Television Network</span><br />Tradução e Legendas: <span style="font-weight: bold;">Kandungus</span><br /></div>CARLOS MARTINS NABETOhttp://www.blogger.com/profile/14902439161422262013noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2863984449586839113.post-62189425047474040252010-12-18T09:50:00.001-02:002010-12-24T00:26:08.351-02:00Igreja Católica: Construtora da Civilização - Episódio 5: O Sistema Universitário<div style="text-align: center;"><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/g3OZw7s3QHk?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/g3OZw7s3QHk?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Fa9jF3t8hf0?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/Fa9jF3t8hf0?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Bri-tAsIZjI?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/Bri-tAsIZjI?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br />Apresentação: <span style="font-weight: bold;">Dr. Thomas E. Woods</span> <span style="font-weight: bold;">Jr.</span><br />Produção: <span style="font-weight: bold;">EWTN - Ethernal Word Television Network</span><br />Tradução e Legendas: <span style="font-weight: bold;">Kandungus</span><br /></div>CARLOS MARTINS NABETOhttp://www.blogger.com/profile/14902439161422262013noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2863984449586839113.post-70144013162136727542010-12-18T09:40:00.001-02:002010-12-24T00:25:46.673-02:00Igreja Católica: Construtora da Civilização - Episódio 4: O Caso Galileu Galilei<div style="text-align: left;"><br /><br /><div style="text-align: center;"><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Gpuz3LEny28?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/Gpuz3LEny28?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /></div><br /><div style="text-align: center;"><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/TyXSmLD61cM?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/TyXSmLD61cM?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /></div><br /><div style="text-align: center;"><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/e2dNp-e21O0?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/e2dNp-e21O0?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /></div><br /><div style="text-align: center;">Apresentação: <span style="font-weight: bold;">Dr. Thomas E. Woods</span> <span style="font-weight: bold;">Jr.</span><br />Produção: <span style="font-weight: bold;">EWTN - Ethernal Word Television Network</span><br />Tradução e Legendas: <span style="font-weight: bold;">Kandungus</span><br /></div></div>CARLOS MARTINS NABETOhttp://www.blogger.com/profile/14902439161422262013noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2863984449586839113.post-1941757280971273492010-12-18T00:24:00.001-02:002010-12-24T00:25:23.069-02:00Igreja Católica: Construtora da Civilização - Episódio 3: Padres Pioneiros da Ciência<div style="text-align: center;"><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/kivCLSqBB3I?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/kivCLSqBB3I?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/f4m_5YmKmQg?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/f4m_5YmKmQg?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/pVOg29VYwn4?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/pVOg29VYwn4?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br />Apresentação: <span style="font-weight: bold;">Dr. Thomas E. Woods</span> <span style="font-weight: bold;">Jr.</span><br />Produção: <span style="font-weight: bold;">EWTN - Ethernal Word Television Network</span><br />Tradução e Legendas:<span style="font-weight: bold;"> Kandungus</span><br /></div>CARLOS MARTINS NABETOhttp://www.blogger.com/profile/14902439161422262013noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2863984449586839113.post-53248759953777111312010-12-18T00:07:00.001-02:002010-12-24T00:25:04.719-02:00Igreja Católica: Construtora da Civilização - Episódio 2: Igreja e Ciência<div style="text-align: center;"><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/G1rnyGQpkbk?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/G1rnyGQpkbk?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/kxaStarSp7Y?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/kxaStarSp7Y?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/enCib4MyjM4?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/enCib4MyjM4?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br />Apresentação: <span style="font-weight: bold;">Dr. Thomas E. Woods</span> <span style="font-weight: bold;">Jr.</span><br />Produção: <span style="font-weight: bold;">EWTN - Ethernal Word Television Network</span><br />Tradução e Legendas: <span style="font-weight: bold;">Kandungus</span><br /></div>CARLOS MARTINS NABETOhttp://www.blogger.com/profile/14902439161422262013noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2863984449586839113.post-54885654640488941792010-12-17T22:31:00.001-02:002010-12-24T00:24:43.563-02:00Igreja Católica: Construtora da Civilização - Episódio 1: Introdução Geral<div style="text-align: center;"><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/t6bnO7N1AMU?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/t6bnO7N1AMU?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/tYjcNyTf98s?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/tYjcNyTf98s?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/uLHWJvcC-hs?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/uLHWJvcC-hs?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br />Apresentação: <span style="font-weight: bold;">Dr. Thomas E. Woods</span> <span style="font-weight: bold;">Jr.</span><br />Produção: <span style="font-weight: bold;">EWTN - Ethernal Word Television Network</span><br />Tradução e Legenda: <span style="font-weight: bold;">Kandungus</span><br /></div>CARLOS MARTINS NABETOhttp://www.blogger.com/profile/14902439161422262013noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2863984449586839113.post-48778680488452123742009-01-08T17:42:00.000-02:002009-01-09T10:06:18.868-02:00ADOÇÃO E USO DO LECIONÁRIO<div style="text-align: justify;"><strong>A ACUSAÇÃO COMUM:</strong><br /><br />"A adoção e uso do Lecionário pela Igreja é totalmente inútil e descabida, além de 'engessante'! Basta-lhe a leitura corrida, de improviso ou aleatória de passagens bíblicas!"<br /><br /><strong>A VERDADE, CÁ:</strong><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisL6H_ORNjC4Pup5yUEBi3CNmnnXo4fBmHUIAfAQumFY-N3bc0Ms02tD_ayKY6d89eIuCtlZiOtxpW1Ws-saOx4etkCsgQKVMQcbmBh80p_5PXGYyAHgDtop9YDJTzPxUJk9b_iV4UO6k/s1600-h/lecromano.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 130px; height: 194px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisL6H_ORNjC4Pup5yUEBi3CNmnnXo4fBmHUIAfAQumFY-N3bc0Ms02tD_ayKY6d89eIuCtlZiOtxpW1Ws-saOx4etkCsgQKVMQcbmBh80p_5PXGYyAHgDtop9YDJTzPxUJk9b_iV4UO6k/s200/lecromano.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5289040794214141538" border="0" /></a><br /><br />"A liturgia da palavra é parte integrante das celebrações sacramentais. Para alimentar a fé dos fiéis, os <span style="font-weight: bold;">sinais da Palavra de Deus</span> precisam ser valorizados: o livro da palavra (lecionário ou evangeliário), sua veneração (procissão, incenso, luz), o lugar de onde é anunciado (ambão), sua leitura audível e inteligível, a homilia do ministro que prolonga sua proclamação, as respostas da assembléia (aclamações, salmos de meditação, ladainhas, profissão de fé...)" (Catecismo da Igreja Católica, §1154).<br /><br />"Uma pessoa não deveria se aproximar da mesa do Pão do Senhor sem antes ter estado na mesa de Sua Palavra. A Sagrada Escritura, é portanto da maior importância na celebração da Missa. Consequentemente não pode ser ignorado o que a Igreja estabeleceu de modo a assegurar que 'nas sagradas celebrações haja uma mais ampla, variada e adequada leitura das Sagradas Escrituras'. As normas estabelecidas no <span style="font-weight: bold;">Lecionário</span> no que diz respeito ao número de leituras e as diretivas dadas para ocasiões especiais devem ser observadas. Seria um sério abuso trocar a Palavra de Deus pela palavra do homem, não importando que autor possa ser" (Instrução "Inaestimabile Donum", nº 1).<br /><br /><strong>AS SEMENTES DA VERDADE, LÁ:</strong><br /><br />I. "Um <span style="font-weight: bold;">lecionário</span> é um livro de leituras bíblicas dos ofícios divinos da Igreja envolvendo um ciclo anual. (...)<br />O lecionário nos conduz ao ritmo das estações e expectativas não deste mundo.<br />É o tempo dos céus que nos chama a atenção lembrando os santos e as estações.<br />As escrituras são determinadas para os domingos e dias festivos; para cada dia da quaresma e para as semanas santas elevando o povo para os vários ofícios da Igreja como para a benção dos óleos e outros sacramentos como, por exemplo, batismos e funerais. (...)<br />A mais primitiva prova do uso do sistema lecionário podem ser os próprios Evangelhos. M.D.Goulder sugeriu que a construção de São Mateus, apóstolo e evangelista segue o ciclo judaico das leituras do Tora. (...)<br />Enquanto alguns debatem esta tese, poucos duvidam que os primeiros cristãos usassem um ciclo lecionário para um ou três anos, mas a necessidade de incluir as histórias do Evangelho de Jesus na vida e na consciência da comunidade judaico-cristã foi uma força determinante que pode ter culminado com a criação de uma harmonia evangélica.<br />Conhecido no mundo ocidental como DIATESSERON [de Taciano da Síria] pode ter sido esta a tentativa de resolver a crise lecionária e enquadrou a vida de Jesus numa narrativa contínua dividida em 55 capítulos. Isto coincide com o número de semanas do ano mais algumas para o Natal e a Páscoa.<br />O problema desta tese é o desentendimento sobre a data do DIATESSERON. (...)<br />As leituras do lecionário não são só para bispos, padres e diáconos, mas para todos os membros da Igreja. Cada fiel cristão deve ler as suas leituras diárias.<br />Que melhor preparo pode existir para a Divina Liturgia do que a prática das leituras antes de assistir qualquer ofício de adoração?" (JOHNSON,Dale A. [Sírio-Ortodoxo]. "O que é um Lecionário". Site da <a href="http://www.siriacaort-santamaria.org.br/">Igreja Siríaca Ortodoxa Santa Maria</a> [acessado em 09.01.2009).<br /><br />"<span style="font-weight: bold;">Lecionário</span> é uma coletânea de leituras bíblicas, criteriosamente escolhidas para as diferentes ocasiões em que a comunidade cristã se coloca sob a palavra de Deus. Ao trabalharmos o tema do lecionário, integramo-nos num movimento milenar na igreja cristã.<br />A prática da liturgia da palavra é atestada pelos textos apostólicos (como At 2.42s.) e pós-apostólicos (como Didaqué, Apologia Primeira de Justino, Tradição Apostólica de Hipólito, entre outros). A liturgia da palavra é herança judaica; já no judaísmo antigo há textos fixos e previstos para os sábados e as suas festas.<br />É do tempo de Ambrósio, de Milão, o mais antigo lecionário de que se tem notícia (entre os anos 337-377), seguido do lecionário romano (366-604), armênio (417) e de Jerusalém (417-439).<br />O valor de um lecionário é indiscutível! Ele protege a comunidade e os pregadores da escolha de textos bíblicos por predileção; exige preparo homilético e litúrgico; possibilita que músicos, regentes, artistas plásticos e pregadores preparem, com antecedência, hinos, cânticos, estandartes, indumentárias, paramentos e sermões; propõe a leitura da Bíblia em doses viáveis e expõe a comunidade a uma considerável quantidade e variedade de textos bíblicos" <em>(IGREJA EVANGÉLICA DE CONFISSÃO LUTERANA DO BRASIL. "Lecionário Comum Revisado da IECLB". São Leopoldo:Oikos, 1ª ed., 2007, p.5).</em><br /><br />"O <span style="font-weight: bold;">lecionário </span>é comum às igrejas católicas e às igrejas do protestantismo tradicional do nosso mundo lusófono, embora se notem por vezes pequenas diferenças. Embora separados pelas suas organizações e pela sua teologia, o estudo bíblico dominical e as pregações representam um importante elo de ligação entre grande parte dos cristãos" <em>(Site <a href="http://www.estudos-biblicos.com/">"Estudos Bíblicos Sem Fronteiras Teológicas"</a> [Protestante/Interdenominacional], acessado em 09.01.2009).</em><br /><br />"À falta de melhor designação, tem-se chamado 'Igrejas históricas' às Igrejas que têm as suas raízes na Reforma ou muito para além do século XVI: Igreja Ortodoxa, Igreja Católico-Romana, Igreja Luterana, Igreja Presbiteriana ou Reformada, Igreja Anglicana, Igreja Congregacional e, por manter muito da herança anglicana, a Igreja Metodista. Nestas Igrejas é publicada periodicamente uma lista de textos bíblicos que proporciona as leituras que são feitas em cada Domingo. A tal lista chama-se <span style="font-weight: bold;">leccionário</span>, palavra que vem do latim 'lectio', 'lectionis', e refere-se às lições para a Igreja. Diz-se 'leccionário litúrgico' porque as leituras indicadas são para uso no culto público cristão. O leccionário indica para cada semana uma passagem do Antigo Testamento; outra de uma Epístola, livro de Actos ou Apocalipse e uma do Evangelho. É indicado também um Salmo, ou uma porção dele. Nos primeiros séculos do Cristianismo, lia-se o Livro de Actos entre a Páscoa e o Pentecostes, usando-se os textos para pregação. A partir do século VI começaram a ser publicados os leccionários.<br />Por muitos séculos, o leccionário tinha textos apenas para um ano; depois alargou-se para três anos, chamados Ano A, Ano B e Ano C. Desde há alguns anos vem-se discutindo (e julgo que trabalhando) para que o leccionário abranja cinco anos.<br />Entre outras famílias de Igrejas (baptistas, irmãos, pentecostais, etc.) só alguns pregadores farão a título pessoal uso do leccionário (...)<br />Alguns argumentam que não há sinais no Novo Testamento de que a Igreja Primitiva usasse algum tipo de leccionário. Não é um argumento muito forte, porque se nos limitarmos a fazer apenas o que se provar ter sido feito pelos primeiros cristãos temos de desistir de ter templos ou santuários ou casas de oração – e muitas Igrejas evangélicas vivem preocupadas com construir grandes templos. Também não podemos imaginar os primeiros cristãos a gastarem dinheiro com aparelhagem sonora, bandas de música, órgãos, pianos. E seria inconcebível que um pregador subisse ao púlpito de casaco (terno, paletó) e gravata! A Igreja cristã é uma realidade histórica e vai adquirindo, muito correctamente, mudanças ao longo dos séculos – desde que tais mudanças não se oponham à mensagem cristã. (...)<br />Passo a enumerar os benefícios que encontro no uso do Leccionário:<br />1º - As várias congregações lêem no mesmo Domingo as mesmas lições da Escritura. É um pequeno sinal da proclamação bíblica de que fomos chamados a ser um só povo, seguindo um só Senhor. O uso do Leccionário é um esforço para a unidade da Igreja.<br />2º - Ainda que cada pregador faça mensagens diferentes com os mesmos textos bíblicos, é impossível que no conjunto não soa um pensamento comum, denominador comum, que é um testemunho forte do discipulado cristão.<br />3º - O Leccionário combate o individualismo do pregador e da congregação. O pregador tem a oportunidade de evadir-se do egocentrismo que o leva a escolher um texto que julga compreender muito bem. O professor Paolo Ricca, no seu livro 'Pregar Hoje o Evangelho', lembrava que o uso do Leccionário 'oferece a vantagem de eliminar o arbítrio e o subjectivismo do pregador na escolha do texto' (p.41). Quanto à congregação, sabendo-se sob uma lição comum a outras, liberta-se da visão de 'gheto'.<br />4º - Os pregadores têm a oportunidade de estudar em conjunto os textos de cada Domingo, encontrando materiais auxiliares que os ajudam a aprofundar o que estudam. Quando o hebraico e o grego do Seminário já se reduziram a vagos conhecimentos, os pregadores têm a oportunidade de ler estudos de especialistas sobre os textos marcados no Leccionário. Numa região, os pastores e outros pregadores de denominações que seguem o leccionário, podem reunir-se e fazer juntos a exegese dos textos, com proveito para todos. Obviamente, depois cada um fará o seu próprio sermão, mas com um fundamento mais sólido.<br />5º - As Igrejas que publicam leccionários publicam também, semanalmente, mensalmente ou em volume para o ano inteiro, estudos que auxiliam os pregadores – e essa é outra das vantagens do leccionário, proporcionar aos especialistas a reflexão continuada dos textos bíblicos. Os jornais, revistas, livros que são publicados ficam acessíveis não apenas a quem tem a missão de pregar mas também a qualquer irmão ou irmã que tenha suficiente curiosidade para estudar os textos de cada Domingo. E isso concorre para uma maior edificação do povo de Deus" <em>(CARDOSO, Manuel Pedro. "Leccionário Litúrgico". Site <a href="http://www.estudos-biblicos.com/">"Estudos Bíblicos Sem Fronteiras Teológicas"</a> [Protestante/Interdenominacional], acessado em 09.01.2009).</em><br /><br />"O <span style="font-weight: bold;">lecionário</span> consiste em um sistema organizado de leituras bíblicas para o culto, que acompanha o desdobramento do ano litúrgico. (...)<br />O uso do Lecionário nos Cultos Dominicais:<br />1) restabelece a centralidade da Palavra de Deus no culto. Um dos meios comprovados para sanar o analfabetismo bíblico de nosso tempo consiste em adotar o uso de um lecionário na igreja.<br />2) estimula o preparo de sermões expositivos dos textos bíblicos, nutrindo assim o povo com 'o genuíno leite espiritual' da Palavra de Deus, para seu crescimento em Cristo.<br />3) facilita o planejamento do culto com antecedência, contribuindo para sua unidade em torno do tema abordado nas leituras. Assim, os elementos do culto - sermão, hinos, canto-coral e orações - proclamam a uma só voz, a graça e a verdade de Deus.<br />4) serve como guia para os membros e grupos da igreja, que desejam se preparar de antemão para o culto, lendo e estudando os textos a serem usados. Algumas igrejas locais noticiam as leituras para o domingo seguinte no boletim ou num quadro de avisos, a fim de incentivar os membros a se prepararem para uma participação mais consciente no culto" <em>(Site <a href="http://gustavopax.multiply.com/reviews/item/10">"Gustavo Pax"</a> [Presbiteriano], acessado em 09.01.2009).</em><br /><br />"O uso de um <span style="font-weight: bold;">lecionário</span> proporciona consistência nas leituras, garantindo que no decorrer do ano, o testemunho pleno da Bíblia será ouvido no culto.<br />O Lecionário consiste em um sistema organizado de leituras bíblicas para o culto, que acompanha o desdobramento do ano litúrgico" <em>(Site <a href="http://www.cultocristao.hpg.com.br/lecionario.html">"Culto Cristão"</a> [Reformado], acessado em 09.01.2009).</em><br /><br /><strong>II.</strong> Sites oferecendo acesso a Lecionários protestantes:<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuQyrnR3nPJWwpToPcDCVWlK1aXfSK7edHxOMr6YW9VaOHbmSU3l8uDODqebWEMToJBGPelSaat1vDesexwaIX1NsjNmKmUePIGksiVvEbql9Ahc_V1ePx_Z2EdzTGfBPbx5kVkrxbs2w/s1600-h/rcl.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 140px; height: 180px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuQyrnR3nPJWwpToPcDCVWlK1aXfSK7edHxOMr6YW9VaOHbmSU3l8uDODqebWEMToJBGPelSaat1vDesexwaIX1NsjNmKmUePIGksiVvEbql9Ahc_V1ePx_Z2EdzTGfBPbx5kVkrxbs2w/s200/rcl.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5289045034718065826" border="0" /></a><br /><br />- <a href="http://www.luteranos.com.br/categories/Servi%E7os--%252d-IECLB/Recursos/Vida-Celebrativa/Lecion%E1rio/">Lecionário Comum Revisado</a>" [Luterano] <em>(acessado em 09.01.2009).</em><br /><br />- <a href="http://gustavopax.multiply.com/tag/lecion%C3%A1rio">Lecionário Litúrgico Presbiteriano</a> [Presbiteriano / Reformado] <em>(acessado em 09.01.2009)</em><br /><br />- <a href="http://www.paoquentediario.com.br/lecionario/menu_lecionario.htm">Lecionário Reformado</a>" [CMI / CONIC / Igreja Presbiteriana Unida / Igreja Episcopal Anglicana do Brasil] <em>(acessado em 09.01.2009).</em><br /><br /><strong>PARA SABER MAIS:</strong><br /><br /><ul><li><a href="http://www.veritatis.com.br/article/5573">LITURGIA DA PALAVRA: LECIONÁRIOS</a></li></ul><br /></div>CARLOS MARTINS NABETOhttp://www.blogger.com/profile/14902439161422262013noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2863984449586839113.post-18264634955407946492009-01-06T15:56:00.000-02:002009-01-09T10:48:33.106-02:00A PRESENÇA REAL DE CRISTO NA EUCARISTIA<div style="text-align: justify;"><strong>A ACUSAÇÃO COMUM:</strong><br /><br />"A Eucaristia é mero símbolo. Logo é impossível Cristo estar realmente presente nas espécies eucarísticas".<br /><br /><strong>A VERDADE, CÁ:</strong><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSc-QYdfxqgps_oD2HPNygzLiWpilRDcsoJaYh5P2oubzGXR5SASAtjFH_0FgY7vpOw9AQ5kQcmi13bIEdxZEdr_Fjw_J4yucrsu8t2biSO8U1BLXXCOzicsN-VOW5lOSYqMO5cx7cIGQ/s1600-h/presencareal.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 190px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSc-QYdfxqgps_oD2HPNygzLiWpilRDcsoJaYh5P2oubzGXR5SASAtjFH_0FgY7vpOw9AQ5kQcmi13bIEdxZEdr_Fjw_J4yucrsu8t2biSO8U1BLXXCOzicsN-VOW5lOSYqMO5cx7cIGQ/s200/presencareal.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5288270031932788482" border="0" /></a><br /><br />"O modo de presença de Cristo sob as espécies eucarísticas é único. Ele eleva a Eucaristia acima de todos os sacramentos e faz com que ela seja 'como que o coroamento da vida espiritual e o fim ao qual tendem todos os sacramentos'. No santíssimo sacramento da Eucaristia estão 'contidos verdadeiramente, <strong>realmente</strong> e substancialmente o Corpo e o Sangue juntamente com a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, o Cristo todo'. 'Esta presença chama-se <strong>'real'</strong> não por exclusão, como se as outras não fossem 'reais', mas por antonomásia, porque é substancial e porque por ela Cristo, Deus e homem, se torna presente completo'" <em>(Catecismo da Igreja Católica, §1374)</em>.<br /><br /><strong>AS SEMENTES DA VERDADE, LÁ:</strong><br /><br />"Na Ortodoxia as pessoas recebem sempre a eucaristia nas duas espécies, ou seja, sempre o corpo e o sangue de Cristo. Acredita-se plenamente na <strong>presença real</strong> de Cristo na eucaristia e o pão se torna realmente (e não simbolicamente) o corpo de Cristo e o vinho realmente o sangue de Cristo" <em>(WARE, Timothy [Ortodoxo]. "Os Sacramentos na Ortodoxia". Site <a href="http://ortodoxia2000.tripod.com/">"Ortodoxia 2000"</a>, acessado em 06.01.2009).</em><br /><br />"A Divina Liturgia divide-se em:<br /><em>Sacrifício:</em> no sentido de que realiza de modo incruento o mesmo sacrifício da Cruz;<br /><em>Sacramento:</em> no sentido de que, manifesta-nos como sinal vivo a <strong>presença real</strong> do Senhor Jesus, através das espécies do pão e do vinho" <em>(Pe. André [Ortodoxo]. "A Oração Oficial da Igreja Ortodoxa". Site <a href="http://www.ecclesia.com.br/">"Ecclesia"</a>, acessado em 06.01.2009).</em><br /><br />"Confesso que o dr. Karlstadt ou qualquer outro me teria prestado um grande serviço, se, há cinco anos, <strong>tivesse provado que no Sacramento só havia pão e vinho</strong>. Naquela ocasião tive grandes vexames e lutei e torci por encontrar uma saída, pois vi que com isso podia dar o maior golpe contra o Papado. Também havia dois que eram mais hábeis que o dr. Karlstadt e que não martirizavam tanto as palavras segundo seu próprio parecer. Mas estou preso, não encontro saída. O texto é tão majestoso que com palavras não se deixa tirar da mente" <em>(Martinho Lutero [Reformador Protestante]; De Wette, II-576ss)</em>.<br /><br />"Eu quereria que alguém fosse assaz hábil para persuadir-me de que na Eucaristia não se contém <strong>senão pão e vinho</strong>: esse me prestaria um grande serviço. Eu tenho trabalhado nessa questão a suar; porém confesso que estou encadeado, e não vejo nenhum meio de sair daí. O texto do Evangelho é claro demais" <em>(Martinho Lutero [Reformador Protestante]; De euch. dist. I)</em>.<br /><br />"As palavras e gestos de Cristo na instituição da eucaristia estão no coração da celebração: a refeição é o sacramento do corpo e do sangue de Cristo, o sacramento da sua <strong>presença real</strong>. Cristo cumpre de modos múltiplos a sua promessa de estar com os seus para sempre até ao fim do mundo. Mas o modo da presença de Cristo na eucaristia é único. Jesus disse sobre o pão e o vinho da eucaristia: "Isto é o meu corpo... Isto é o meu sangue..." O que Cristo disse é a verdade e cumpre-se todas as vezes que a eucaristia é celebrada. A Igreja confessa a <strong>presença real</strong>, viva e ativa de Cristo na eucaristia. Ainda que a <strong>presença real</strong> de Cristo na eucaristia não dependa da fé dos indivíduos, todos estão de acordo para dizer que o discernimento do corpo e do sangue de Cristo exige a fé" <em>(CONSELHO MUNDIAL DAS IGREJAS, "Texto de Lima: Convergência da Fé", 1982). </em><br /><br />"A vida de adoração da Igreja é centrada na Santa Eucaristia, na Santa Comunhão do Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. O Livro de Oração Comum afirma que a Santa Eucaristia é o ato central de adoração do povo de Deus. Ao participarmos da mesa eucarística, experimentamos a graça da comunhão maravilhosa com Deus, nutrindo-nos, por sua presença real, nos dons do pão e vinho. Nós não explicamos onde está e quanto de Deus há no pão e no vinho. Apenas afirmamos que sacramentalmente nos alimentamos do próprio Deus que se oferece a nós por seu infinito e misericordioso amor. Pão e Vinho são os sinais externos visíveis da graça interna espiritual da presença de Cristo em nós, quando Dele nos nutrimos" <em>(Site da <a href="http://www.ieab.org.br/">Igreja Episcopal Anglicana do Brasil</a>, acessado em 06.01.2009).</em><br /><br />"O centro do culto cristão ortodoxo é a Eucaristia, nela a presença real de Cristo em nossas vidas se concretiza. A mesa do Senhor é composta do pão e do vinho, que continuam sendo pão e vinho, mas recebem a <strong>Presença Real</strong> de Cristo. Assim apresentar-se a Eucaristia é comparecer na presença real de Cristo, o que deve ser feito em confissão, aquebrantamento e certeza de que Cristo roga por nós" <em>(Site da <a href="http://www.igrejaepiscopalcarismatica.com/">Igreja Episcopal Carismática do Brasil</a>, acessado em 06.01.2009).</em></div><br /><br /><span style="font-weight: bold;">PARA SABER MAIS:</span><br /><br /><ul><li><a href="http://www.veritatis.com.br/article/5270">A PRESENÇA DE JESUS NA HÓSTIA</a></li><li><a href="http://www.veritatis.com.br/article/134">A PRESENÇA REAL DE JESUS NA EUCARISTIA</a></li><li><a href="http://www.veritatis.com.br/article/2907">A PRESENÇA REAL E SUBSTANCIAL DE JESUS NA EUCARISTIA</a></li><li><a href="http://www.veritatis.com.br/article/571">A REAL PRESENÇA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO NO SANTÍSSIMO SACRAMENTO</a></li><li><a href="http://www.veritatis.com.br/article/5551">JOÃO 6, A EUCARISTIA E OS PROTESTANTES</a></li></ul>CARLOS MARTINS NABETOhttp://www.blogger.com/profile/14902439161422262013noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2863984449586839113.post-63005368799421007092008-12-21T07:13:00.000-02:002009-01-09T00:01:25.969-02:00IMAGENS DE ESCULTURA<div style="text-align: justify;"><span style="font-weight: bold;">A ACUSAÇÃO COMUM:</span><br /><br />A Igreja Católica é idólatra porque possui em seus recintos imagens de escultura, as quais foram proibidas pelo 2º Mandamento da Lei de Deus (Êxodo 20).<br /><br /><span style="font-weight: bold;">A VERDADE, CÁ:</span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRWaUE6AHEnsEKIPS9_S2RVE-zB07wTtqKB6omnBYnQAWcc5UZYHqdZ9q5AtzhONucPVJQ_XbYi4VWnmRgQKp3OP3pjMFxsZjCN8ognT2MHfw4bVB5INESwN5mtQeU-UEwyooJPNmAA3Y/s1600-h/arca.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 183px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRWaUE6AHEnsEKIPS9_S2RVE-zB07wTtqKB6omnBYnQAWcc5UZYHqdZ9q5AtzhONucPVJQ_XbYi4VWnmRgQKp3OP3pjMFxsZjCN8ognT2MHfw4bVB5INESwN5mtQeU-UEwyooJPNmAA3Y/s200/arca.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5282302155302319346" border="0" /></a><br /><br />"O [1º] Mandamento divino incluía <span style="font-weight: bold;">a proibição de toda representação de Deus</span> por mão do homem. O Deuteronômio explica: 'Uma vez que nenhuma forma vistes no dia em que o Senhor vos falou no Horeb, do meio do fogo, não vos pervertais, fazendo para vós uma imagem esculpida em forma de ídolo...' (Dt 4,15-16). Eis aí o Deus absolutamente transcendente que se revelou a Israel. 'Ele é tudo' mas, ao mesmo tempo, ele está 'acima de todas as suas obras' (Eclo 43,27-28). Ele é 'a própria fonte de toda beleza criada' (Sb 13,3).<br /><br />No entanto, desde o Antigo Testamento [o próprio] Deus ordenou ou permitiu a instituição de imagens que conduziriam simbolicamente à salvação através do Verbo encarnado, como são a serpente de bronze (cf. Nm 21,4-9; Sb 16,5-14; Jo 3,14-15), a arca da aliança e os querubins (cf. Ex 25,10-22; 1Rs 6,23-28; 7,23-26).<br /><br />Foi fundamentando-se no mistério do Verbo encarnado que o sétimo Concílio ecumênico, em Nicéia (em 787), justificou, contra os iconoclastas, o culto dos ícones: os de Cristo, mas também os da Mãe de Deus, dos anjos e de todos os santos. Ao se encarnar, o Filho de Deus inaugurou uma nova 'economia' de imagens.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFvpM9fzMRyaVjOcMbbS7gN6cXocFOcaf1yAKDmP2L43ma-2weDTM9QubvQlIcfo26LFKf5fdyU8ET9__L6-WmQhZ-uAauAiQAG66FJ3TBTuGkGGHWlx6rh_u-CIRn0uoExUF8jUAZTkM/s1600-h/serpente.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 154px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFvpM9fzMRyaVjOcMbbS7gN6cXocFOcaf1yAKDmP2L43ma-2weDTM9QubvQlIcfo26LFKf5fdyU8ET9__L6-WmQhZ-uAauAiQAG66FJ3TBTuGkGGHWlx6rh_u-CIRn0uoExUF8jUAZTkM/s200/serpente.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5282306301694888114" border="0" /></a><br /><br />O culto cristão de imagens não é contrário ao primeiro mandamento que proíbe os ídolos. De fato, 'a honra prestada a uma imagem se dirige ao modelo original' (São Basílio, Spir. 18,45), e 'quem venera uma imagem, venera nela a pessoa que nela está pintada' (II Concílio de Nicéia, DS 601; cf. Concílio de Trento, DS 1821-1825; Concílio Vaticano II, SC 126, LG 67). A honra prestada às santas imagens é uma 'veneração respeitosa', e não uma adoração, que só compete a Deus:<br /><br />'O culto da religião não se dirige às imagens em si como realidades, mas as considera em seu aspecto próprio de imagens que nos conduzem ao Deus encarnado. Ora, o movimento que se dirige à imagem enquanto tal não termina nela, mas tende para a realidade da qual é imagem' (S. Tomás de Aquino, Suma Teológica 2-2,81,3,ad 3)" <span style="font-style: italic;">(Catecismo da Igreja Católica, §§ 2129-2132). </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">AS SEMENTES DA VERDADE, LÁ:</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">I.</span> "<span style="font-weight: bold;">Na primavera de 1522 aconteceu, em Wittenberg, o início de uma das maiores catástrofes na história da humanidade.</span> O conselho da cidade determinara a retirada das imagens das igrejas. Quando se começou a executar a decisão dos conselheiros municipais, a multidão reunida na frente da igreja da cidade invadiu o templo, arrancou as imagens das paredes, quebrou-as e terminou por queimar tudo do lado de fora. Em questão de minutos, uma paixão brutal destruiu o que para gerações de cristãos fora objeto de veneração religiosa. (...) Onde os iconoclastas passaram, os templos ficaram como lavouras após uma chuva de granizo. (...)<br /><br />Igual a uma epidemia o iconoclasmo se alastrava por todas as regiões. (...) E o mais interessante é que são poucos os historiadores que se referem a ele, permitindo que o iconoclasmo continue a ser praticado até os nossos dias. (...) O terrível disso tudo é que cristãos, munidos de machados e martelos, <span style="font-weight: bold;">se levantaram contra objetos sacros, em locais consagrados</span>, ante os quais até há pouco se haviam ajoelhado. (...) Cristãos destruíram a linguagem da imagem que durante séculos havia orientado os cristãos. E o culpado pela destruição não foi o povo, mesmo que ele tenha realizado a ação; <span style="font-weight: bold;">os culpados foram os pregadores</span> que, a partir do púlpito, incitaram ao iconoclasmo. (...)<br /><br />O mentor intelectual do iconoclasmo em Wittemberg foi Andreas Bodenstein, de Karlstadt. (...) Ardoroso em sua maneira de ser, mas <span style="font-weight: bold;">falho</span> no tocante à reflexão sobre a consequência de seus atos, Karlstadt assumiu a direção do movimento reformatório em Wittemberg enquanto Lutero se encontrava no Wartburgo. (...) No inverno de 1521/22, [Karlstadt] escreveu e publicou livreto com o título 'Da Eliminação das Imagens'. O livro é diminuto, tem poucas páginas, mas teve grandes consequências, provocando a destruição de muitas obras-de-arte. Segundo Karlstadt, não se pode tolerar imagens nas igrejas, pois afrontam o primeiro mandamento. Os 'ídolos de óleo' colocados sobre os altares, são invenção do demônio. Karlstadt tomou posição não somente contra esculturas, mas contra pinturas, a nova tendência na arte do Renascimento e da Reforma. (...) Há autores que consideram Karlstadt o primeiro puritano. Assim, o emergente puritanismo seria responsável pelo iconoclasmo. (...)<br /><br />Um outro momento parece ser importante para entender a onda iconoclasta: o biblicismo. (...) Na Reforma se expressou a convicção de que somente a palavra havia de vencer. (...) Para o mundo da Reforma, que tomava o cristianismo primitivo como norma e exemplo, não podia haver lugar para a imagem. Não é de se admirar que parte considerável do protestantismo tenha assumido as concepções de Karlstadt e que Calvino tenha em sua 'Institutas' um capítulo dedicado a todos os argumentos que podem ser usados contra as imagens. (...)<br /><br />Quais as consequências desse fato? O século XVI não mais entendeu a linguagem das imagens e, por isso, as destruiu, <span style="font-weight: bold;">produzindo consequências caóticas e cegueira</span>. (...) Com a retirada das imagens do interior das igrejas protestantes destruiu-se o pensamento simbólico <span style="font-weight: bold;">tão constitutivo</span> para o cristianismo. E o pensamento simbólico é pensamento religioso propriamente dito. É na linguagem simbólica que se expressa a experiência do espiritual. Quando essa forma de pensamento não-conceitual deixa de ser usada ou é ridicularizada, <span style="font-weight: bold;">produz-se a destruição de uma das disposições religiosas do ser humano</span>. Quando se destruíram as imagens, destruiu-se o elemento que deixa o que é cristão transformar-se em sentimento.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">A imagem provoca e confirma o pensamento simbólico, sem o qual não se pode imaginar religiosidade viva</span>. Observando imagens religiosas <span style="font-weight: bold;">aprendemos a sentir simbolicamente</span>. A <span style="font-weight: bold;">melhor forma</span> de introduzir crianças no mundo de concepções cristãs é através de imagens. Quando aprendemos a ver a imagem apenas como 'ídolo', destruímos a percepção para o pensamento simbólico. (...) Quando o ser humano não é mais capaz de pensar e de ver símbolos em uma tradição cristã viva, <span style="font-weight: bold;">sua consciência religiosa fica esclerosada</span>. (...)<br /><br />No início, Lutero tinha dificuldades com as imagens e afirmava que seria melhor se não existissem. (...) Mas quando Karlstadt deu início à onda iconoclasta, nela nada mais viu do que vandalismo, que estava prestes a destruir a liberdade evangélica e a reintroduzir a lei. Por isso, <span style="font-weight: bold;">Lutero passou pouco depois a afirmar que imagens são memoriais e testemunhos e como tais devem ser toleradas</span>. Além disso, chegou a afirmar que, se pudesse, mandaria pintar toda a Bíblia dentro e fora das casas. Sua postura <span style="font-weight: bold;">em favor</span> da pintura e das imagens tornou-se mais do que evidente desde a publicação dos catecismos (1529).<br /><br /><span style="font-weight: bold;">As imagens movem a fé das crianças e dos simples</span>. A fé cristã não se dirige, para ele, apenas aos ouvidos, mas também aos olhos das pessoas. (...) A arte sacra <span style="font-weight: bold;">deve</span> ser meditada, e meditação não é pensamento lógico. Meditar é silenciar para que Deus possa falar. <span style="font-weight: bold;">Nos últimos 500 anos, em razão do iconoclasmo, o pecado humano não tem deixado Deus falar; só fala o homem</span>" <span style="font-style: italic;">(DREHER, Martin N. "Coleção História da Igreja", vol. 3. São Leopoldo:Sinodal, 1ª ed., 1996, págs. 53-57).</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">II.</span> Diversas denominações cristãs <span style="font-weight: bold;">expõem</span> para seus fiéis imagens de escultura, como podemos verificar em alguns exemplos:<br /><br />1. Crucifixo de parede ortodoxo (comercializado pela <a href="http://www.thecelticrebelshop.com/wall_crosses.html">The Celtic Rebel</a>)<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNLON28R8VSGApnwkW9gs2xpfLuOSERPyDSaxE7Qbb1WGmFled62tQI5FBQ-F0Jk_oICaeUnLfyV0lbzctKWihgbZc4MYN_K__6l21gI0FS0WxfFvChkK0f_ttMtokb7X195uoTTYR2lQ/s1600-h/imgcruxortod.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 150px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNLON28R8VSGApnwkW9gs2xpfLuOSERPyDSaxE7Qbb1WGmFled62tQI5FBQ-F0Jk_oICaeUnLfyV0lbzctKWihgbZc4MYN_K__6l21gI0FS0WxfFvChkK0f_ttMtokb7X195uoTTYR2lQ/s200/imgcruxortod.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5282299665312581298" border="0" /></a><br /><br />2. <a href="http://www.lambofgodlutheran.org/">Igreja Luterana Cordeiro de Deus</a> (Pleasant Prairie, WI, EUA) - Jesus recebendo o batismo de S. João Batista<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBi8J4ymMsNi2Tssugbv19xjcPaz1ef5PIb-YqMQC06pfwedGqYkriVJxO8ZNvz70maldOiFfy_JQk98C6mQLMUAbYcU2TjDNvnIB30F_fjRkj4CK2ZPxKkyiPUrgpKDmUTI6fgcYr-TU/s1600-h/imgluterana.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 150px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBi8J4ymMsNi2Tssugbv19xjcPaz1ef5PIb-YqMQC06pfwedGqYkriVJxO8ZNvz70maldOiFfy_JQk98C6mQLMUAbYcU2TjDNvnIB30F_fjRkj4CK2ZPxKkyiPUrgpKDmUTI6fgcYr-TU/s200/imgluterana.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5282299971203524642" border="0" /></a><br /><br />3. <a href="http://risenchristlutheran.org/">Igreja Luterana Cristo Ressuscitado</a> (Colorado, EUA) - Crucifixo perpétuo sobre o altar<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinvw8NTfzVSQ2ScCHoUKyEMJ6t81BNUE8F0lBNqHFBSNekJynxhOUtCg2Ip5bkBdm4_uIXRR8pkZoFbF4L1nTb85WhHLmEK8AIyGrVHSAuiyu06CEu1r6XRzqJMwU_KZSop7H6U8XpNs0/s1600-h/imgcruxlut.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinvw8NTfzVSQ2ScCHoUKyEMJ6t81BNUE8F0lBNqHFBSNekJynxhOUtCg2Ip5bkBdm4_uIXRR8pkZoFbF4L1nTb85WhHLmEK8AIyGrVHSAuiyu06CEu1r6XRzqJMwU_KZSop7H6U8XpNs0/s200/imgcruxlut.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5282300160993699986" border="0" /></a><br /><br />4. <a href="http://www.allsaints.org.au/">Igreja Anglicana de Todos os Santos</a> (Melbourne, Austrália) - Cristo crucificado tendo ao seu lado sua Mãe Maria e seu discípulo amado João Evangelista<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPEf-7r61E-8vGiAgP8R9DagaD7FMEVoc91JTa5Wv6fH466t2o5hE-ULfYmXdm9V5uiy-7acLsqN2Qn4Q0g3pnROJFjCCtHOgCLNmGWnWTSy4tuNxnQQsuUuWMMLRDjP-5j65p_Z76epc/s1600-h/imgangl.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 134px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPEf-7r61E-8vGiAgP8R9DagaD7FMEVoc91JTa5Wv6fH466t2o5hE-ULfYmXdm9V5uiy-7acLsqN2Qn4Q0g3pnROJFjCCtHOgCLNmGWnWTSy4tuNxnQQsuUuWMMLRDjP-5j65p_Z76epc/s200/imgangl.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5282300352222056546" border="0" /></a><br /><br />5. Sede da Conferência Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia (Toronto, Canadá) - A Volta de Cristo (cf. Revista Adventista, de Agosto de 2000)<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJFpy2wMj2q-TGgQ2GHjO9JnZCQsFQUtRyj9Igj3L5BBdfm51XB0KbSgKdfhyphenhyphenpiY1Ox1xCIpdale3AdamwBVCWnpzKesa0CLWZzIRpKEAt-9P6X2tScGJAv-41G1PwSOjM7MLKKc944Kc/s1600-h/imgadvent.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 156px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJFpy2wMj2q-TGgQ2GHjO9JnZCQsFQUtRyj9Igj3L5BBdfm51XB0KbSgKdfhyphenhyphenpiY1Ox1xCIpdale3AdamwBVCWnpzKesa0CLWZzIRpKEAt-9P6X2tScGJAv-41G1PwSOjM7MLKKc944Kc/s200/imgadvent.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5282300517325481682" border="0" /></a><br /><br />6. Sede da Conferência Geral da IASD (Toronto, Canadá) - Cristo Rei ressuscitado - Revista Adventista (ago/2000)<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvdRKIvFl_h1AoWFkXmTyc9lwVpQH-HU2llWH2WLIVC0L_8U6rpW2NXz-VoRplNxratU3vDCfOLNgos5yplG8Q-EziXMLJEaaTJwbwgae6GgrafvVrEPV8nDFQoktaW87mMhjfod0maG0/s1600-h/imgadvent2.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 150px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvdRKIvFl_h1AoWFkXmTyc9lwVpQH-HU2llWH2WLIVC0L_8U6rpW2NXz-VoRplNxratU3vDCfOLNgos5yplG8Q-EziXMLJEaaTJwbwgae6GgrafvVrEPV8nDFQoktaW87mMhjfod0maG0/s200/imgadvent2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5282300864602527106" border="0" /></a><br /><br />7. Templo Mórmon (Salt Lake City, UT, EUA) - Estátua de um anjo sobre o templo - Revista "Despertai" (08.11.1995)<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj25QMSnAi6FiZg0dSf3tLQhgcj1OqXyPo9hYJVa3W_a1na-YRlV72Nt1aLsiDwqktFeswqGxI5f5TIUh0nd-CtsmsP-1HjhL_a19VCKi-K82eCyin3kGDJz6KEdWHMFCkluQKw1LJKZXM/s1600-h/imganjo.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 100px; height: 89px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj25QMSnAi6FiZg0dSf3tLQhgcj1OqXyPo9hYJVa3W_a1na-YRlV72Nt1aLsiDwqktFeswqGxI5f5TIUh0nd-CtsmsP-1HjhL_a19VCKi-K82eCyin3kGDJz6KEdWHMFCkluQKw1LJKZXM/s200/imganjo.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5282301132483446562" border="0" /></a><br /><br /><span style="font-weight: bold;">III.</span> Conforme o "Minidicionário Soares Amora da Língua Portuguesa" (São Paulo:Saraiva, 18ª ed., 2008):<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2sf_FEl7jj5KgjRxyNXDrCdvEC8uISMLXKy7jzi5g0HKnvmN5PI1D0RJc-hy2Oh5v6nB5oXBv2ykPYn8poWOgvqk-PEG_ILyRHoUQn8DVu8ZCxSyGpYyUAFlKwH1PwKrTsrC2I4gOiq0/s1600-h/cruzgrega.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 174px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2sf_FEl7jj5KgjRxyNXDrCdvEC8uISMLXKy7jzi5g0HKnvmN5PI1D0RJc-hy2Oh5v6nB5oXBv2ykPYn8poWOgvqk-PEG_ILyRHoUQn8DVu8ZCxSyGpYyUAFlKwH1PwKrTsrC2I4gOiq0/s200/cruzgrega.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5282326627374829506" border="0" /></a><br /><br /><span style="font-weight: bold;">- IMAGEM</span> = "1. <span style="font-weight: bold;">Figura que representa uma pessoa ou um objeto por meio de desenho, pintura, escultura, etc.</span>; 2. Estampa que representa ordinariamente um assunto religioso; 3. Reflexo no espelho, na água, numa superfície polida; 4. Símbolo, figura".<br /><br /><span style="font-weight: bold;">- ESCULTURA</span> = "1. <span style="font-weight: bold;">Arte [humana] de esculpir, estatuária</span>; 2. Obra de escultor".<br /><br /><span style="font-weight: bold;">- ESCULPIR</span> = "1. Gravar, <span style="font-weight: bold;">entalhar</span>; 2. Deixar gravado, imprimir".<br /><br />A partir destes simples conceitos objetivos, é possível afirmar categoricamente que até mesmo uma <span style="font-style: italic;">simples cruz</span> (<span style="font-weight: bold;">sem a imagem do crucificado</span>) - confeccionada por arte humana em madeira, ferro ou qualquer outro material que proporcione uma visão em 3ª dimensão (isto é, com altura, largura e profundidade) - pode ser considerada como uma <span style="font-weight: bold;">autêntica e legítima</span> "imagem de escultura".<br /><br />Neste sentido, boa parte das denominações cristãs (inclusive as acima exemplificadas) <span style="font-weight: bold;">ostentam esta simples imagem de escultura</span> à vista de todos os seus fiéis:<br /><br />1. Culto público em uma Igreja Universal do Reino de Deus (Vera Cruz, México)<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzNasQMZ70jtCyzUWQUZi6Bvtu2-QZpkLBfcyHuQKb1Iwft56ubQGUsPjn2NhMoFRZXorP0cY7Fr9LNghTJ8hY20wLybKLcIKbjbBFDDGtt9HgNyAJR33B7Pjq9IsvkfofHakei6z82Ig/s1600-h/cruziurd.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzNasQMZ70jtCyzUWQUZi6Bvtu2-QZpkLBfcyHuQKb1Iwft56ubQGUsPjn2NhMoFRZXorP0cY7Fr9LNghTJ8hY20wLybKLcIKbjbBFDDGtt9HgNyAJR33B7Pjq9IsvkfofHakei6z82Ig/s200/cruziurd.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5282326888719964290" border="0" /></a><br /><br />2. Culto público em uma Igreja Metodista (Ubatuba-SP, Brasil)<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWep7ESfAlPiZyBKaT5GRy0dfxWYU5P9XMZoxA7YlAgWQd5OtreOWXC1xfwmvtSPGNoHg9MmICmPOwcQGoUYlSMMN4Av7CORkGbcfsPRjHSiiWZXicnmLzJYYtoHH89mV7XoNWFBnleE4/s1600-h/cruzmetod.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWep7ESfAlPiZyBKaT5GRy0dfxWYU5P9XMZoxA7YlAgWQd5OtreOWXC1xfwmvtSPGNoHg9MmICmPOwcQGoUYlSMMN4Av7CORkGbcfsPRjHSiiWZXicnmLzJYYtoHH89mV7XoNWFBnleE4/s200/cruzmetod.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5282327292225955186" border="0" /></a><br /><br />3. Culto público em uma Igreja Presbiteriana (Bebedouro-Arazede, Portugal)<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCv-YTiCG5BVqkiFI_msgskEvbi_TWyHiOZQxdRErDWX7NcYTFeN975FkIIM-DuMVXYue_9S1ILHFAk3sUaPuYVsnQkDZxF_fXAu4Ptw-K5Aak3_qYN7xPcAk7823lJa_gf45TgPaxPYc/s1600-h/cruzpresb"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCv-YTiCG5BVqkiFI_msgskEvbi_TWyHiOZQxdRErDWX7NcYTFeN975FkIIM-DuMVXYue_9S1ILHFAk3sUaPuYVsnQkDZxF_fXAu4Ptw-K5Aak3_qYN7xPcAk7823lJa_gf45TgPaxPYc/s200/cruzpresb" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5282327518505116322" border="0" /></a><br /><br />4. E, para fechar com chave de ouro: Cruz decorada para culto de Páscoa na 1ª Igreja Congregacional de Webster Groves (EUA)<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhypM2y_r_SP9TaN3K__0CJNmE3I8uYV3-yYf2iZbRa379o9ksZgw3_-wdkF6WXCkKgTaEMCAJeKygPjqOrK-njcori2KM_e98fRYFN3EST5DzpNp02qg2q6AJgvRRuIcKiIAIbb4GWLUA/s1600-h/cruzcongr.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 200px; height: 112px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhypM2y_r_SP9TaN3K__0CJNmE3I8uYV3-yYf2iZbRa379o9ksZgw3_-wdkF6WXCkKgTaEMCAJeKygPjqOrK-njcori2KM_e98fRYFN3EST5DzpNp02qg2q6AJgvRRuIcKiIAIbb4GWLUA/s200/cruzcongr.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5282327096718586322" border="0" /></a><br /><br />e os exemplos poderiam se multiplicar ao infinito...</div>CARLOS MARTINS NABETOhttp://www.blogger.com/profile/14902439161422262013noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2863984449586839113.post-41917546748562836852008-12-19T19:06:00.000-02:002009-01-09T00:00:57.193-02:00A PRESENÇA DOS LIVROS DEUTEROCANÔNICOS DO A.T. NA BÍBLIA<div style="text-align: justify;"><span style="font-weight: bold;">A ACUSAÇÃO COMUM:</span><br /><br />"A Igreja Católica acrescentou diversos livros apócrifos (=deuterocanônicos) no Antigo Testamento da Bíblia durante o Concílio de Trento (século XVI d.C.), para combater e desmentir as doutrinas protestantes".<br /><br /><span style="font-weight: bold;">A VERDADE, CÁ:</span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuf1dd1BOfZPUkeGULT1gqGktdplivBoc5PlNOYTZvSs7jueoBliDX2AfLdVq43-9_tKqFUp6h6pe6wj9SGHt_NaAkTOlMyxWl06kV00mgFUCOa-jm6l6DHOnqBYXsxX6m5ahBoM9aNC0/s1600-h/bar.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 142px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuf1dd1BOfZPUkeGULT1gqGktdplivBoc5PlNOYTZvSs7jueoBliDX2AfLdVq43-9_tKqFUp6h6pe6wj9SGHt_NaAkTOlMyxWl06kV00mgFUCOa-jm6l6DHOnqBYXsxX6m5ahBoM9aNC0/s200/bar.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281848729808300802" border="0" /></a><br /><br />"Verifica-se que a própria Bíblia, da qual os cristãos depreendem as verdades da fé, não tem a mesma extensão ou o mesmo catálogo (cânon) entre católicos e protestantes. É notório que sete livros do Antigo Testamento (Tobias, Judite, Baruc, Eclesiástico ou Sirácida, Sabedoria, 1 e 2Macabeus), além de fragmentos de outros livros, se encontram na Bíblia dos católicos e não na dos protestantes. (...)<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2mS0LowH_LsGyKNCKS7Fbwfp0k9Z_UAHs1jRfkusIeSrB46IWFdxX6HZxj72BytlNrWrjuprJQyGxuScg6HRPBC6uo9pxE7EY2dMj06hJKP2eTETKicKM3FhL-xjlnZbcPAgFY8qaMHQ/s1600-h/tob.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 142px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2mS0LowH_LsGyKNCKS7Fbwfp0k9Z_UAHs1jRfkusIeSrB46IWFdxX6HZxj72BytlNrWrjuprJQyGxuScg6HRPBC6uo9pxE7EY2dMj06hJKP2eTETKicKM3FhL-xjlnZbcPAgFY8qaMHQ/s200/tob.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281846667032078370" border="0" /></a><br /><br />Os cristãos, desde o início da sua história, usaram a edição grega dos LXX [Setenta]. Os Apóstolos mesmos, escrevendo os Evangelhos e as suas cartas, referem o Antigo Testamento não segundo o texto hebraico, mas recorrendo à versão dos LXX. Das 350 citações do Antigo Testamento que ocorrem no Novo, 300 são tiradas do texto alexandrino (mesmo quando este diverse acidentalmente do hebraico; cf. Hb 10,5-7; Mt 1,23). Ora, os Apóstolos eram os guardas do depósito da fé. Por conseguinte, se a edição bíblica dos LXX (que continha os deuterocanônicos de permeio aos protocanônicos) fosse infiel ou deturpada, os Apóstolos não a teriam utilizado. O procedimento abalizado dos Apóstolos foi adotado pelas seguintes gerações de cristãos; o catálogo dos LXX devia assim tornar-se o catálogo dos cristãos; (...) ele representa a linha autêntica da fé judaica. (...)<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV5YDO0lFBViOGF1xTFXQS_Vq0p5u_6CDKp03N8tVUv879Wk8-UfqH0OWw1mg9FehB_Scb_vvWgobgUOs0J67lXUQZIxt06I94-vvKzfx9sH0bwD4rlGM2RuLY8apMzuZuySjG95zLlV8/s1600-h/jdt.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 142px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV5YDO0lFBViOGF1xTFXQS_Vq0p5u_6CDKp03N8tVUv879Wk8-UfqH0OWw1mg9FehB_Scb_vvWgobgUOs0J67lXUQZIxt06I94-vvKzfx9sH0bwD4rlGM2RuLY8apMzuZuySjG95zLlV8/s200/jdt.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281847036906329554" border="0" /></a><br /><br />Nos dois primeiros séculos [do Cristianismo], os deuterocanônicos eram considerados como 'Escritura' juntamente com os protocanônicos; não se encontra vestígio de dúvida a respeito de sua autoridade nem nas obras dos escritores cristãos nem nos monumento da arqueologia [Didaqué, Clemente de Roma, Epístola de Barnabé, Policarpo de Esmirna, Inácio de Antioquia, Justino de Roma, Atenágoras de Atenas, afrescos em catacumbas etc.]. (...)<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgISxgPVdgEcvjwZE9yxVBG6CNrlkbBW6R5FyAhkuFBUhtpPj5J8zu_IcyUMfgvZ7TQOVSFD2rqQp7ymtsoSgLYDH95wS0rl7KQmBRLOLaaai2RE8A09Z1-m38t9UC3HNguUPOzbDXdLc8/s1600-h/sab.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 142px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgISxgPVdgEcvjwZE9yxVBG6CNrlkbBW6R5FyAhkuFBUhtpPj5J8zu_IcyUMfgvZ7TQOVSFD2rqQp7ymtsoSgLYDH95wS0rl7KQmBRLOLaaai2RE8A09Z1-m38t9UC3HNguUPOzbDXdLc8/s200/sab.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281847344753950482" border="0" /></a><br /><br />A unanimidade da Tradição cristã concernente aos deuterocanônicos nos dois primeiros séculos é particularmente digna de nota pelo fato de que a Igreja não tomara decisão oficial a respeito do cânon das Escrituras Sagradas. (...)<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU3rjQdU1MbqcFIucsgfICdsv8DWubuXDO_shxnUR0XxKCD02LHBVMEkPDThXQGWeSNWXuTrmdt5ZhZqrks7an_88spsBcJ3Bn77bMNJxL2elhEADoPow-C8dUhFXP8McP25V4CVOQ5XM/s1600-h/eclo.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: left; cursor: pointer; width: 142px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU3rjQdU1MbqcFIucsgfICdsv8DWubuXDO_shxnUR0XxKCD02LHBVMEkPDThXQGWeSNWXuTrmdt5ZhZqrks7an_88spsBcJ3Bn77bMNJxL2elhEADoPow-C8dUhFXP8McP25V4CVOQ5XM/s200/eclo.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281847703089018418" border="0" /></a><br /><br />A autoridade da Igreja proferiu definições oficiais do catálogo bíblico em concílios regionais realizados na África setentrional; assim, no de Hipona em 393, nos de Cartago III e IV, em 397 e 418. O Papa Inocêncio I, em uma carta dirigida a Exupério, bispo de Tolosa, em 450, apresentou também o cânon bíblico com seus livros deuterocanônicos todos. (...) Os cristãos orientais definiram seu catálogo bíblico, incluindo os deuterocanônicos no Concílio de Trulo em 692. (...) O Concílio de Florença, em 1441, professou solenemente o catálogo completo dos livros sagrados. O mesmo se deu com o Concílio de Trento aos 8 de abril de 1546. O Concílio do Vaticano I (1870) e o do Vaticano II (1965) reafirmaram a mesma definição, mantendo continuidade com os Apóstolos e os primeiros séculos do pensamento cristãos.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKO5YIEtNUQGFoJMJ2_H1ObuHWSUCcz095KRnkJhPzBb3m3xYoSlGMrYsc5paAr2hOT2ZdEOl49jMT_DtHyCeAdHHFWxRgtL9NjD_kyKNI5HPeQBp2vNnSrmIISG9t9fgVJ0P4Sl1I2mI/s1600-h/1mac.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 142px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKO5YIEtNUQGFoJMJ2_H1ObuHWSUCcz095KRnkJhPzBb3m3xYoSlGMrYsc5paAr2hOT2ZdEOl49jMT_DtHyCeAdHHFWxRgtL9NjD_kyKNI5HPeQBp2vNnSrmIISG9t9fgVJ0P4Sl1I2mI/s200/1mac.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281848015528331266" border="0" /></a><br /><br />Através destes dados históricos, verifica-se com clareza: não foi o Concílio de Trento que introduziu na Bíblia os livros deuterocanônicos. Eles já estavam em uso comum na Igreja, tanto que Lutero, quando traduziu a Bíblia para o alemão em 1534 (antes do Concílio de Trento), não se furtou a verter também aqueles escritos; verdade é que os colocou em apêndice à sua edição, com o título de 'Apócrifos', isto é, livros que não devem ser estimados como a Escritura Sagrada, mas que são bons e se podem ler com utilidade" <span style="font-style: italic;">(BETTENCOURT, Estêvão Tavares. "Diálogo Ecumênico: Temas Controvertidos". Rio de Janeiro:Lumen Christi, 3ª ed., 1989, pp. 17-21).</span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi26YbjwkBkxK3XAEyPDyD_RQ2L12CXKm2PGw0jXYwU4lfQ8VqwWOqOdYFELrrVivpqafb-qRXw_EIOIQ-bxWE2664p2H89BEoRYd-9GwRRN-2B2Ci1d05MCNSdgcFCU2CRocvJFTuK5T4/s1600-h/2mac.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 142px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi26YbjwkBkxK3XAEyPDyD_RQ2L12CXKm2PGw0jXYwU4lfQ8VqwWOqOdYFELrrVivpqafb-qRXw_EIOIQ-bxWE2664p2H89BEoRYd-9GwRRN-2B2Ci1d05MCNSdgcFCU2CRocvJFTuK5T4/s200/2mac.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281848429434522306" border="0" /></a><br /><br />Isso explica o porquê de tais livros já se encontrarem, inclusive, na Bíblia de Gutemberg, impressa cerca de 100 anos antes da Reforma Protestante, como demonstram as imagens ao longo desta seção (a Bíblia de Gutemberg pode ser acessada e integralmente consultada na Biblioteca Britânica, neste <a href="http://molcat1.bl.uk/treasures/gutenberg/search.asp">LINK</a>.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">AS SEMENTES DA VERDADE, LÁ:</span><br /><br />I. Martinho Lutero incluiu os deuterocanônicos em sua tradução da Bíblia para o alemão, publicada em 1534 (como demonstra a seguinte imagem, da Bíblia de Lutero, que apresenta o início do livro de Tobias):<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKBVdW9AajcvnVYshjpAHuD45U5drSGOeLoMfvL_HWE7G7kousH9VkbVkreK3PywiQY6Je60YB3wJonC_j_RedbpDS-P929PsphRY9wp_MmcITRYJ1ebDXz-qRuE6h-o4NwRMcFo1z8DU/s1600-h/LuTob.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKBVdW9AajcvnVYshjpAHuD45U5drSGOeLoMfvL_HWE7G7kousH9VkbVkreK3PywiQY6Je60YB3wJonC_j_RedbpDS-P929PsphRY9wp_MmcITRYJ1ebDXz-qRuE6h-o4NwRMcFo1z8DU/s200/LuTob.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281855645087124866" border="0" /></a><br /><br />A Bíblia de Lutero não é "caso isolado". As primeiras Bíblias protestantes em inglês também traziam os deuterocanônicos, como se vê a seguir:<br /><br />1. A "Bíblia de Tyndale" (também conhecida como "Bíblia de Matthews"), de 1537 a 1551:<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhx0YuLmFvhjHwKg-VzrphysZSnJ0sq4TlStSy6dPdol0ZFO8-9dyaZRKfnv8XubVwHlUFkgogDH0dYzFMAfqwDRO1cIG7YtLostmj0Mh1iDfNMuwCDpkI9EZAM13YEd-7yw3M27wfaZBM/s1600-h/tyndale.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 150px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhx0YuLmFvhjHwKg-VzrphysZSnJ0sq4TlStSy6dPdol0ZFO8-9dyaZRKfnv8XubVwHlUFkgogDH0dYzFMAfqwDRO1cIG7YtLostmj0Mh1iDfNMuwCDpkI9EZAM13YEd-7yw3M27wfaZBM/s200/tyndale.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281859971816213714" border="0" /></a><br /><br />2. A "Grande Bíblia" de Coverdale (também conhecida como "Bíblia de Cromwell" ou "Bíblia de Cranmer"), de 1539 a 1541:<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjf9PC5TE_a5AK7wfViR9iNmYnKwq3O_DgELJMPcdyffxd9CwcCUPgRzm1wWeZRmYCO6NbHoIeH3uATY6_cafBQGQkJOfWCF4SJM3LbjhiBOJHuuhzA-YGW4zbrP6tKbwE2ZCbK-bQMtRQ/s1600-h/greatbible.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 120px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjf9PC5TE_a5AK7wfViR9iNmYnKwq3O_DgELJMPcdyffxd9CwcCUPgRzm1wWeZRmYCO6NbHoIeH3uATY6_cafBQGQkJOfWCF4SJM3LbjhiBOJHuuhzA-YGW4zbrP6tKbwE2ZCbK-bQMtRQ/s200/greatbible.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281858413804089074" border="0" /></a><br /><br />3. A "Bíblia de Geneva" (usada pelos Puritanos que vieram para a América e citada milhares de vezes por Shakespeare), de 1560 a 1617:<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdSp9bqZ_W0w84dEfkfUayqNLQf_DktqWyQlWRZqjekHenskStRR2F2eVvJ8MqFrUoewiq9RyIcBj_wu7FnIOw-u_KTh9mEHqDYdw8VIMWnUxLwiUPr06msHlYob_ZuAkmqHujMGxxZAs/s1600-h/geneva.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 200px; height: 134px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdSp9bqZ_W0w84dEfkfUayqNLQf_DktqWyQlWRZqjekHenskStRR2F2eVvJ8MqFrUoewiq9RyIcBj_wu7FnIOw-u_KTh9mEHqDYdw8VIMWnUxLwiUPr06msHlYob_ZuAkmqHujMGxxZAs/s200/geneva.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281861314222899730" border="0" /></a><br /><br />4. A "Bíblia do Bispo" (publicada oficialmente pela Igreja Anglicana em resposta à "Bíblia de Geneva"), de 1568 a 1582:<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuN10EsJ2FybtaahJQ0DWetIKc-r1Tu6V6ceR7QRU-uHJoGOlmg7cZH19zBnwNeFGLqtjb0nT433keTnypWDriksF_-yBvoXsJxreauN47YHVW7l_FyWTVX4lSbCUjBnLITeHvjaFXSNA/s1600-h/bishopbible.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 200px; height: 133px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuN10EsJ2FybtaahJQ0DWetIKc-r1Tu6V6ceR7QRU-uHJoGOlmg7cZH19zBnwNeFGLqtjb0nT433keTnypWDriksF_-yBvoXsJxreauN47YHVW7l_FyWTVX4lSbCUjBnLITeHvjaFXSNA/s200/bishopbible.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281862227991160050" border="0" /></a><br /><br />5. A "King James Version", de 1611 em diante (só a partir de 1824 é que algumas editoras protestantes passam a omitir os deuterocanônicos de suas Bíblias): <br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMmi1bKHP-V7BZ2dxbsgjyD7z_OI-YepclWH8IDzOBTtR0Eq_JbKoj-GzZb3I9Zj11J-iUkIpiJEyzfDZq7Eqx8Mu_HEmhugP6RoftafQqR9eUGQ5kJk0bV1Pmd0o7gvxa5TMRBj6wpzs/s1600-h/kjvbible.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 147px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMmi1bKHP-V7BZ2dxbsgjyD7z_OI-YepclWH8IDzOBTtR0Eq_JbKoj-GzZb3I9Zj11J-iUkIpiJEyzfDZq7Eqx8Mu_HEmhugP6RoftafQqR9eUGQ5kJk0bV1Pmd0o7gvxa5TMRBj6wpzs/s200/kjvbible.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5281863376733627442" border="0" /></a><br /><br />II. "Na Igreja Primitiva as escrituras judaicas eram conhecidas, não em hebraico, mas numa tradução grega chamada 'Septuaginta', dos setenta (Septuaginta) anciãos que a tradição judaica ensina haver realizado a obra de tradução. (...) E a Bíblia grega não somente desordenou os livros da Bíblia hebraica; ela na realidade acrescentou <span style="font-weight: bold;">outros livros não contidos na Bíblia hebraica</span>, os chamados 'Apócrifos'. (...)<br /><br />A grande Bíblia da Idade Média era a Vulgata, a tradução latina produzida por São Jerônimo quase no fim do quarto século (...) [A] ordem comum [dos livros] foi aquela finalmente fixada pela <span style="font-weight: bold;">invenção da imprensa</span>, pois o primeiro grande livro impresso foi a Bíblia latina de 42 linhas, produzida em Mainz por volta de 1456.<br /><br />Mas a Bíblia latina já havia sido traduzida em alemão, na Boêmia, no quarto século, e em inglês por Wyclif e seus auxiliares em 1382-1388. Ambas essas traduções seguiram a ordem latina, <span style="font-weight: bold;">tendo os livros Apócrifos</span> espalhados por todo o Velho Testamento.<br /><br />A nova tradução de Lutero para o alemão, terminada em 1534, foi baseada no hebraico e no grego. e quandpo ele havia terminado o Novo Testamento Grego (1522) e o Velho Testamento Hebraico, ainda permaneciam os livros das Bíblias antigas que se encontravam no Velho Testamento latino mas não no hebraico. Estes, Lutero traduziu por último, <span style="font-weight: bold;">como os livros Apócrifos</span>, agrupando-os pela primeira vez sob esse nome, e colocando-os no final do Velho Testamento. Esta foi uma excessiva reorganização dos livros do Velho Testamento - o maior passo jamais dado na reorganização da ordem dos livros da Bíblia, <span style="font-weight: bold;">mas que nunca vingou</span>. (...)<br /><br />Esses livros associaram-se no Egito aos livros do Velho Testamento já traduzidos e assim passaram a <span style="font-weight: bold;">fazer parte do Velho Testamento grego</span>, a chamada Versão dos Setenta. E, quando esta versão tornou-se a Bíblia da Igreja Primitiva, e<span style="font-weight: bold;">sses livros vieram com ela</span>.<br /><br />Assim os livros Apócrifos, como costumeiramente são chamados, espalharam-se através da Bíblia grega da Igreja Primitiva, e daí passaram para a Bíblia latina <span style="font-weight: bold;">antes e depois</span> do trabalho de revisão de Jerônimo. Eles passaram naturalmente, como já vimos, para a primitiva tradução germânica da Bíblia latina, feita na Boêmia, no <span style="font-weight: bold;">século catorze</span>, e também para a tradução inglesa feita por Wyclif e seus auxiliares em <span style="font-weight: bold;">1382-88</span>. (...)<br /><br />Há perigo em ficar-se com uma falsa apreciação da história religiosa cristã e judaica se tentarmos passar diretamente do Velho Testamento [hebraico] ao Novo omitindo os livros Apócrifos. Eles fizeram parte dos fundamentos literários do movimento cristão. Eles nos introduzem a personagens dramáticas do Novo Testamento - santos e pecadores, fariseus e saduceus, anjos e demônios. Sua influência se exerceu em cada livro do Novo Testamento. Talvez o que de mais instrutivo eles têm para nós é o contraste entre a atitude cristã e farisaica que eles mesmos fizeram possível" <span style="font-style: italic;">(GOODSPEED, Edgar J. [Metodista]. "Como nos Veio a Bíblia?". São Paulo:Imprensa Metodista, 3ª ed., 1981).</span><br /><br />"A palavra 'Apócrifo' (...) se refere aos livros que em certa época foram cogitados para integrar o cânon do Velho Testamento. Embora nenhum deles tenha sido aceito na Palestina como parte do cânon hebraico das Escrituras, <span style="font-weight: bold;">foram mantidos</span> juntos dos rolos das Escrituras gregas da Septuaginta.<br /><br />Os primeiros cristãos <span style="font-weight: bold;">encontraram esses livros</span> quando adotaram a Septuaginta como sua Bíblia e <span style="font-weight: bold;">os incluíram</span> nela" <span style="font-style: italic;">(BATCHELOR, Mary [Protestante]. "A Bíblia em Foco: introdução passo a passo aos livros sagrados".São Paulo:Melhoramentos, 1ª ed., 1995, p. 96).</span><br /><br />"A Septuaginta (LXX), tradução do Antigo Testamento em grego, <span style="font-weight: bold;">feita entre 280 a.C. e 180 a.C.</span>, contém os Apócrifos. (...)<br /><br />[A Septuaginta] é, talvez, a mais importante das versões, por sua data antiga e influência sobre outras traduções. (...) 'Septuaginta' significa 'setenta'. A abreviação desta versão é LXX. Ela é às vezes chamada de 'Versão Alexandrina', por ter sido traduzida na cidade de Alexandria, no Egito. (...) Além dos 39 livros do Antigo Testamento, <span style="font-weight: bold;">ela contém todos, ou parte, dos 14 livros conhecidos como Apócrifos</span>. A Septuaginta foi comumente utilizada nos dias do Novo Testamento e mostrou-se muito útil em traduções subseqüentes" <span style="font-style: italic;">(DUFFIELD, Guy P.; VAN CLEAVE, Nathaniel M. [Protestantes Pentecostais]. "Fundamentos da Teologia Pentecostal", Volume 1. São Paulo:Marli de Souza, 1ª ed., 1991, pp. 11 e 44).</span><br /><br />"O vocabulário 'Apócrifo' (...) aplica-se genericamente a uma série de livros surgidos no período entre o Antigo e o Novo Testamento. Os livros apócrifos (...) <span style="font-weight: bold;">chegaram até nós de certo modo unidos aos livros canônicos da Bíblia</span>. (...) Os judeus da dispersão no Egito revelaram alta estima por esses escritos e os incluíram na tradução do Antigo Testamento para o grego, chamada 'Septuaginta'. (...)<br /><br />Segundo o escritor Aristeas, a tradução grega [do Antigo Testamento hebraico] foi feita por setenta e dois sábios judeus (daí o seu nome 'Septuaginta'), na cidade de Alexandria, a partir de 285 a.C., a pedido de Demétrio Falario, bibliotecário do rei Ptolomeu Filadelfo. Concluída 39 anos mais tarde, essa versão assinalou o começo de uma grande obra que, além de preparar o mundo para o advento de Cristo, deveria tornar conhecida de todos os povos a Palavra de Deus. Na Igreja Primitiva, <span style="font-weight: bold;">era essa a versão conhecida de todos os crentes</span>"<span style="font-style: italic;"> (AUTORES VÁRIOS, "Bíblia de Referência Thompson" [Protestante]. São Paulo:Vida, 1ª ed., 1996, pp. 1375 e 1377). </span></div>CARLOS MARTINS NABETOhttp://www.blogger.com/profile/14902439161422262013noreply@blogger.com